“Senti-me bem, estava confiante e seguro que ia conseguir, mas bati numa barreira e fiquei sem tempo para recuperar. Foi mais uma meia-final e, agora, é trabalhar porque há muito caminho para percorrer”, afirmou o barreirista do Sporting.

Abdel Larrinaga terminou a segunda série das semifinais no sétimo lugar, em 7,81 segundos, aquém do seu recorde pessoal (7,67) e da melhor marca do ano (7,73). Apuravam-se para a final os quatro primeiros de cada eliminatória.

“Acho que se não tivesse batido na barreira podia lutar pela presença na final, tinha uma boa referência, do francês [Just Kwaou-Mathey, que fez 7,61], mas também tenho alguma inexperiência nestes palcos. Eu, onde quer que seja, vou a ‘matar’, mas aqui ganha-se se corrermos bem… Fico um pouco triste, mas dei o máximo”, lamentou.

O penúltimo português em prova em Istambul2023 admitiu que gostava de outro desfecho.

“Era tudo ou nada. Só passavam quatro. Era correr, dar o máximo e foi o que fiz, tentei, tentei, mas nas barreiras acontece. Fico feliz porque acabei esta época de inverno sem nenhuma lesão, mas não gosto de perder, muito menos de perder assim”, rematou.

Ainda na zona mista da Ataköy Arena, Abdel Larrinaga admitiu que vai beneficiar da contratação pelo Benfica do cubano Roger Iribarne, que considerou “uma boa referência”.

“Foi uma das melhores coisas que aconteceram nas barreiras em Portugal, que não tem esta escola. Para mim, é super importante porque tenho alguém de bom nível para competir. Vai ajudar-me e espero que seja português em breve. Vai ser uma rivalidade saudável, eu vou tentar correr rápido, como ele, para sermos dois portugueses na luta [enquanto apontava para a pista]”, salientou.

O cubano Roger Iribarne tem como melhor marca os 13,26 segundos nos 110 metros barreiras, alcançados em 2022, no mesmo ano em que Larrinaga conseguiu a sua melhor marca de sempre na distância, em 13.59.

“Não o vejo como um inimigo, ele é muito melhor do que eu, mas eu tenho de ir atrás e, obviamente, tentar ganhar-lhe”, concluiu.