Na apresentação dos resultados da oferta pública de obrigações, na Bolsa de Lisboa, o administrador da SAD ‘encarnada’ Domingos Soares de Oliveira congratulou-se com o sucesso de mais uma operação e salientou “a mudança de paradigma ao longo dos últimos três anos” que faz com que a dívida à banca se cifre nesta altura em apenas 15 milhões de euros.

Segundo os dados apresentados, a procura de obrigações do clube superou 1,28 vezes a oferta, num valor perto dos 58 milhões de euros. Esta operação contou com 3.256 investidores, durante os 10 dias úteis em que decorreu. A oferta pública terá a duração de três anos e oferece uma taxa de juro nominal bruta de 4%.

Com mais esta operação, a SAD do Benfica aumenta para 155 milhões de euros o valor em empréstimos obrigacionistas em circulação, o que acentua este tipo de operação como principal fonte de financiamento do clube.

Domingos Soares de Oliveira salientou ainda o facto de a taxa de juro deste empréstimo ser de apenas 4%, mais baixa do que em operações anteriores.

“Do ponto de vista de financiamento, temos feito emissões obrigacionistas cada vez com uma taxa mais baixa. O facto de termos tido uma procura que superou a oferta com uma taxa reduzida deixa-nos claramente satisfeitos, porque nos permite reduzir o custo do endividamento, tornando ainda assim o produto atrativo”, explicou.

Apesar de satisfeito, o administrador da SAD deixou um alerta à Sporting SAD pelo facto de ter adiado para novembro o reembolso das obrigações, que estava previsto para maio.

Segundo o responsável ‘encarnado’, isso poderá perturbar os investidores em próximas ações, prejudicando não só o Sporting, mas também as restantes sociedades que se financiam cada vez mais desta forma.

“Houve um emitente, a Sporting SAD, que falhou o reembolso que tinha previsto. Isto trouxe um fator perturbador destas normais emissões, e refiro-o porque Fernando Gomes, da FC Porto SAD, esteve aqui e já fez essa referência, portanto, para todas as SAD’s, até para o Sporting, este deve ser um fator relevado no sentido menos positivo do termo. Isso é algo que afeta as emissões obrigacionistas, não tenho a mínima dúvida sobre isso”, adiantou.

Por último, Domingos Soares de Oliveira revelou que “a redução do endividamento é uma estratégia para manter” no Benfica.

“Não vamos aumentar o nosso endividamento, sobretudo para financiar as operações correntes e nisso incluo a compra de jogadores”, concluiu.

Sobre possíveis reforços ou vendas de jogadores do atual plantel da equipa principal de futebol, o administrador não adiantou qualquer novidade.

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