“O objetivo é que a função financeira consiga responder às necessidades da função desportiva. O Benfica tem todos os anos necessidade de vender jogadores. Também somos um clube que investe bastante, e tem de ser, se queremos competir na Europa”, realçou o responsável durante a divulgação dos resultados do empréstimo obrigacionista, que captou 50 milhões de euros, em Lisboa.

Segundo Soares de Oliveira, o Benfica está numa “situação robusta” ao nível financeiro, apesar de dois anos com resultados negativos (marcados pela pandemia da covid-19), mas os salários oferecidos aos jogadores obrigam a um forte esforço, devido à concorrência dos clubes das principais ligas europeias.

“O que queremos fazer a cada momento é evitar que isso [vendas] seja uma necessidade imperiosa. Não queremos é, por alguma pressão, ter de ir imediatamente ao mercado [de dívida]”, afirmou.

O gestor apontou para a gestão equilibrada do endividamento da SAD ‘encarnada’ que, aliada às receitas e ao valor do plantel, “dá tranquilidade para a administração da Benfica SAD tomar as decisões que achar necessárias até 2026”.

Soares de Oliveira destacou ainda a importância das receitas oriundas da Liga dos Campeões, admitindo que é “fonte de preocupação” a perda de uma vaga portuguesa na ‘Champions’, e defendendo um plano para tornar os clubes lusos mais competitivos nas competições europeias.

“É preciso uma estratégia conjunta, não só de A, B ou C, para Portugal ter melhores resultados”, lançou, sublinhando que, estando assegurada a presença das ‘águias’ na próxima edição da ‘liga milionária’, vai haver uma “maior confiança para atacar o mercado”.

Questionado pelos jornalistas sobre a possível conquista do título de campeão português este ano, o administrador executivo ‘jogou à defesa’: “Foram as palavras certas do nosso treinador: sentimos 0% que conquistámos o campeonato”.

Sobre Grimaldo, que vai sair a custo ‘zero’ para os alemães do Bayer Leverkusen no final da época, nem uma palavra de Soares de Oliveira, que esteve na Euronext Lisbon acompanhado pelo presidente Rui Costa, que não prestou quaisquer declarações.

Os resultados do novo empréstimo obrigacionista da Benfica SAD foram hoje apresentados, numa cerimónia que decorreu na gestora da bolsa portuguesa, tendo a procura ultrapassado em 2,4 vezes os 50 milhões de euros disponíveis.

“Esta é uma emissão que é um sucesso. Das 14 emissões que fizemos, nunca encontrei um valor tão alto [ao nível da procura, acima dos 121 milhões de euros]. Em 2020, a procura máxima chegou aos 70 milhões de euros”, realçou Soares de Oliveira no decorrer da sessão.

O gestor apontou ainda para os mais de 6.000 investidores (6.048) que participaram na operação, quando a média das anteriores ofertas ficava nos 4.743 subscritores.

A operação tem uma duração de três anos, pagando uma taxa de juro anual de 5,75%, estando a oferta dividida entre a aquisição de novas subscrições e uma oferta pública de troca (relativa a uma emissão anterior, de 2020).

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