"O acórdão do Tribunal da Relação a que a notícia se refere, que contrariou uma primeira sentença da 1ª Instância favorável a esta SAD, ainda não transitou em julgado, pois foi já objeto de recurso, que acreditamos terá vencimento", afirma, em comunicado, a administração da SAD ‘axadrezada’.
O Boavista recorreu já de tal decisão para o Supremo Tribunal de Justiça e, no comunicado, refere que, "em qualquer caso, tal decisão diz apenas respeito a uma pequena minoria dos credores privados, aqueles que votaram desfavoravelmente o procedimento Sireve".
Fonte da SAD manifestou à agência Lusa a "quase certeza absoluta de que o Supremo irá decidir a favor da maioria dos credores".
"Para todos os demais, cujos credores subscreveram e outorgaram o acordo extrajudicial Sireve, este está em pleno vigor, designadamente para a Autoridade Tributária e Segurança Social, com as quais esta SAD tem cumprido plenamente os acordos vigentes. E continuará em vigor qualquer que seja a decisão final do recurso que interpusemos", sublinha ainda a SAD do Boavista.
O contencioso opõe a SAD boavisteira aos credores minoritários que ficaram fora do Plano SIREVE (Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial), aprovado em janeiro de 2014 por 82,3% do valor dos créditos.
O Fisco e a Segurança Social contam-se entre os credores que votaram favoravelmente esse plano, que o Boavista reafirma estar a cumprir pagando as prestações mensais devidas.
O Boavista insiste que foi vítima de "graves injustiças" e recorda "os vários anos passados em divisões inferiores", situações que, no seu entender, obrigaram a SAD a "um grande esforço de contenção económico-financeira".
"Por isso mesmo, e para poder continuar a dar cumprimento dos acordos com as entidades públicas, tem esta SAD um orçamento para o futebol muito reduzido, talvez o mais baixo da I Liga", lê-se no comunicado.
Esta notícia surge duas semanas depois do SAPO24 ter noticiado que Somague, empresa que construiu o estádio do Bessa em 2004, pediu a insolvência do Boavista Futebol Clube por, mais uma vez, os axadrezados não terem cumprido os prazos de pagamento de uma dívida que já está avaliada em mais de 50 milhões de euros.
O Boavista regressou à I Liga na época 2014/15 e esta temporada ocupa o 9.º posto, com 29 pontos, estando muito perto de conseguir novamente a manutenção.
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