Segundo aquela fonte especificou à agência Lusa, que a pretensão da SAD do Boavista, autora do requerimento, dirigido na quarta-feira ao tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, tem como objetivo "abranger todos os credores" no mesmo plano de regularização de créditos lançado em janeiro de 2014.
Em janeiro de 2014, a SAD 'axadrezada' acordou com 82,32% dos seus credores um plano de reestruturação financeira tendo em vista a negociação da dívida e para tal recorreu a um instrumento extrajudicial, o SIREVE.
Os restantes credores, que representam 17,68% dos créditos, não subscreveram o acordo e parte deles recorreu à via judicial para recuperar os créditos que lhes são devidos.
Depois de terem perdido o recurso em primeira instância, esses credores minoritários, entre os quais figuram antigos atletas e treinadores, recorreram para o Tribunal da Relação e este deu-lhes razão, tendo a SAD boavisteira recorrido desta decisão para o Supremo Tribunal Administrativo.
"Tem havido decisões judiciais em ambos os sentidos, mas impossibilitando que o SIREVE, no que diz respeito aos credores privados, estabelecesse uma clara igualdade entre todos os credores, como a lei prevê e é vontade desta SAD", argumenta a SAD através do comunicado em que deu conta daquele requerimento.
O PER necessita obrigatoriamente que sejam convidados todos os credores, tem que ser aprovado no mínimo por 50% deles e, se tal acontecer, é imposto pelo Tribunal, sendo precisamente isso que o Boavista pretende.
A SAD alega ainda que as ações judiciais lançadas por alguns credores criaram "situações de especulação pública indevidas e infundamentadas", lesivas da sua imagem.
"Para que a situação fique em definitivo clarificada no que diz respeito à vinculação universal de todos os credores privados, decidiu esta SAD avançar com o requerimento mencionado", explica a instituição.
O Boavista salienta também que "a aplicação e execução do plano SIREVE" permitiu reduzir o passivo da SAD em "cerca de 13,5 milhões de euros", para um valor que, segundo a mesma fonte da SAD, se situará agora um pouco acima dos 20 milhões de euros.
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