Tal como o fez com o prémio masculino, a France Football revelou as candidatas através da rede social Twitter.

Das quinte concorrentes à Bola de D'Ouro, há uma delas que fala a "língua de Camões" e é das mais prováveis vencedoras do troféu. Com cinco títulos de Melhor Jogadora do Ano atribuídos pela FIFA em 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, Marta, jogadora dos Orlando Pride, concorre a este prémio depois de já ter vencido o "The Best" para "Melhor Jogadora de Futebol Feminino da FIFA" este ano.

A futebolista brasileira disputa esta distinção com 14 outras atletas do "desporto rei", destacando-se a inglesa Lucy Bronze, a alemã Dzenifer Marozsan, a norueguesa Ada Hegerberg, as francesas Wendie Renard, Amandine Henry e Amel Majri e a japonesa Saki Kumagai, todas elas pertencentes à equipa feminina do Olympique Lyonnais que venceu a terceira Liga dos Campeões feminina consecutiva. Kumagai venceu também o Campeonato do Mundo pela sua seleção.

Para além destas jogadoras, concorrem a holandesa Lieke Martens (FC Barcelona), a inglesa Fran Kirby (Chelsea), a canadiana Christine Sinclair (Portland Thorns FC), a australiana Sam Kerr (Perth Glory), a dinamarquesa Pernille Harder (VfL Wolfsburg) e as norte-americanas Megan Rapinoe (Seattle Reign FC) e Lindsey Horan (Portland Thorns FC).

Antes do anúncio oficial, Pascal Ferré, o chefe de redação da revista desportiva francesa, justificou a aposta neste novo trofeu em declarações à Associated Press, dizendo à agência norte americana que "o futebol feminino está em grande expansão e merece o mesmo tratamento que o masculino”.

Ferré lembrou também que “mais de 760 milhões de telespetadores assistiram aos jogos do Mundial feminino”, em 2015, explicando que o júri não será constituído pelas mesmas pessoas que votarão no prémio masculino, que português Cristiano Ronaldo recebeu em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017.

A lista das 15 jogadoras que poderão conquistar a edição inaugural da Bola de Ouro - com base na votação de “cerca de 40 jornalistas de países onde a modalidade está em forte crescimento.

Entre 1956 e 1994, a Bola de Ouro era atribuída apenas a jogadores europeus que representassem clubes europeus, mas, a partir de 1995, a distinção da publicação francesa foi alargada a todos os futebolistas que jogam na Europa e, desde 2007, passou a ter amplitude planetária, sem qualquer restrição.

De recordar que a natureza do prémio Bola de Ouro tem sofrido várias alterações nos últimos anos. Até 2010, a France Football e a FIFA mantinham prémios em separado, a "Bola de Ouro" e o prémio de Melhor Jogador do Ano, respetivamente. Dessa data até 2015, mantiveram uma parceria em que fundiram os dois prémios no "FIFA Ballon d'Or". Findada a colaboração, a Bola de Ouro voltou para a France Football mas a FIFA não retomou o Melhor Jogador do Ano; ao invés, criou de raiz o The Best, com a mesma finalidade.