Em carta enviada aos presidentes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), a que a Lusa teve acesso, o presidente ‘leonino’ assume a perplexidade por estar a ser discutida publicamente a revisão dos regulamentos disciplinares, defendendo sanções exemplares.

“O Sporting tem sido portador de uma mensagem muito clara no que diz respeito ao normativo disciplinar que deve reger o futebol português. Sempre pugnámos, de há quatro anos a esta parte, pelo incremento de preceitos que visem a punição exemplar da corrupção, da opacidade, do incentivo ao ódio e à violência no fenómeno desportivo. Escrevemos-lhes por isso com a autoridade de quem tem consciência e convicção de que tem estado sempre na vanguarda das alterações e melhorias no futebol português”, lê-se na missiva assinada por Bruno de Carvalho.

O dirigente ‘leonino’ assegura a disponibilidade “para elevar ao extremo os mecanismos de sanção disciplinar de todos aqueles que, com responsabilidades, não cumpram os regulamentos em vigor”.

“Não podemos, no entanto, deixar de sublinhar algo que consideramos da máxima relevância. Nos últimos anos, o Sporting tem sido alvo preferencial das mais diversas ofensivas e invetivas que nos visam não apenas a nós, mas a toda a indústria do futebol. A este respeito, temos sido defensores intransigentes da aplicação de medidas que visem a promoção da verdade desportiva e da transparência no futebol português”, prosseguiu.

Recordando ter proposto a publicação dos relatórios e dos delegados e a introdução do vídeo-árbitro, Bruno de Carvalho reconhece que “estas medidas não respondem na totalidade aos problemas” atuais.

“Desde logo porque o comportamento dos agentes desportivos, designadamente os dirigentes, é muitas vezes consequência de uma política de terrorismo comunicacional que alguns clubes entendem levar a cabo com resultados particularmente nefastos para a indústria do futebol e todos os que nela intervêm”, escreveu.

Bruno de Carvalho admitiu ainda a “introdução de um mecanismo de responsabilização objetiva dos clubes pelas declarações proferidas por comentadores que lhes sejam manifestamente afetos, tal como já hoje sucede ao nível do comportamento incorreto dos adeptos”.

“É pois neste contexto que propomos uma reunião ao mais alto nível com a presença dos presidentes da FPF e da LPFP, dos clubes, do Governo e dos operadores de media que, como é público, têm sido utilizados, tantas vezes involuntariamente, para a prossecução de uma agenda de cartilha com matriz pirómana e incendiária que é devastadora para o desporto nacional”, sublinhou, concluindo que só com um compromisso global “será possível a pacificação e descrispação tão necessárias ao futebol português”.

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