"Se é assim que o Torres Pereira quer então vou à luta! Não Sousa Cintra, não és o Presidente da SAD pois para isso tens de passar por muitos passos. Agora acabou. Querem guerra. Eu compro! Vou impugnar a AG e o Presidente da SAD ainda sou eu! Vou a eleições. Vamos ver quem vence. Se são a maioria dos sócios ou os "podres" e os Viscondes!", escreveu o presidente na sua conta de Facebook.
Bruno de Carvalho anunciou ir "à luta". "Por muito que me queira afastar, não consigo! Bem sei o que disse amargurado, traído, ferido, que não queria ser mais adepto nem sócio, mas NÃO consigo... Amo-te Sporting CP e quero continuar a acreditar num Sporting CP sem Viscondes ou com eles remetidos ao seu lugar: calados!!!", referiu.
Bruno de Carvalho referiu ainda que vai inpugnar a Assembleia-Geral que votou a sua destituição. "Eu vou impugnar, como sócio esta AG, e vou a eleições. E se estes tipos da putativa comissao disciplinar me quiserem expulsar de sócio, dia 30 encontramo-nos na AG pois tenho direitos que não vou abdicar! Chega de afinações!
A reação surgiu depois de ser anunciado Sousa Cintra como presidente da SAD.
Em declarações à imprensa, Sousa Cintra referiu que o cargo “é um desafio muito grande”, garantido que o Sporting não andará “à toa”. “É um clube que todos vocês conhecem, que sempre lutou desde o início pelos primeiros lugares, sempre para ser campeão. E é isso que vai acontecer”, afirmou, dando ainda uma palavra de “confiança” aos adeptos e aos sócios.“O Sporting vai lutar para ser campeão nacional”, rematou.
Confrontado com as rescisões dos jogadores, Sousa Cintra afirmou apenas que vai trabalhar para ter um "Sporting grande". "Não quero desiludir nenhum sportinguista", disse. "“O Sporting vai continuar a ser grande como sempre foi e, se for possível, ainda maior”.
A nova direção refere que "a partir de hoje não há vencidos nem vencedores” e que “tem de haver paz, tranquilidade, sossego e alegria”, sendo isto "o melhor para o Sporting”.
O presidente da Comissão de Gestão disse ainda que nos próximos dias serão feitas diligências no sentido de recompor a administração da SAD, em função dos resultados da AG extraordinária de sábado.
Ontem, 23 de junho, aconteceu uma das mais concorridas assembleias gerais de sempre do Sporting, em que votaram 14.735 sócios. Bruno de Carvalho, que marcou presença e votou pouco depois das 20:00 de sábado, permaneceu no recinto até ao anúncio dos resultados.
A AG foi convocada com o objetivo de decidir o afastamento ou a continuidade de Bruno de Carvalho, figura central de uma crise que se agudizou com a perda do segundo lugar na I Liga de futebol e a invasão de adeptos à Academia do Sporting, em Alcochete.
Bruno de Carvalho, que em fevereiro viu uma larga maioria de sócios legitimar o seu mandato - aprovando alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar, e a continuidade dos órgãos sociais - é o primeiro presidente a enfrentar a possibilidade ser afastado em quase 112 anos de história do clube.
Eleito em 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho considerou, desde o início, que a AG é ilegal, e garantiu, mais tarde, que não marcaria presença no plenário.
Em vésperas da AG, o presidente ‘leonino’ afirmou que se afastava do cargo se a sua destituição fosse votada de forma fidedigna.
Após o término da AG, Bruno de Carvalho tinha dito aos sócios que não se candidatava “de certeza”, depois de a destituição do Conselho Diretivo por si liderado ter sido aprovada no sábado com 71,36% de votos favoráveis, contra 28,64% de votos no sentido da sua continuidade.
“Podia impugnar esta AG por todas as ilegalidades cometidas: sim. Mas não o vou fazer. Era só o adiar o ter de devolver o clube a quem nele mesmo manda”, escreveu Bruno de Carvalho, num outro texto publicado hoje de madrugada na rede social Facebook.
A AG foi convocada por Jaime Marta Soares em 24 de maio, numa altura em que presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) já tinha dito publicamente que se demitira, embora nunca tenha formalizado o pedido.
Além da MAG, o clube ficou também sem quórum no Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), e o Conselho Diretivo (CD), liderado por Bruno de Carvalho, perdeu seis membros.
A maioria dos pedidos de demissão surgiram logo após 15 de maio, dia em que vários futebolistas do plantel e elementos da equipa técnica e do staff foram agredidos na Academia por cerca de 40 adeptos encapuzados, dos quais 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.
Estes acontecimentos, levaram os futebolistas Rui Patrício, William Carvalho, Gelson Martins, Bruno Fernandes, Battaglia, Bas Dost, Podence, Ruben Ribeiro e Rafel Leão a rescindirem contrato alegando justa causa.
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