Este domingo, a seleção de Guiné-Bissau joga o tudo ou nada na Taça das Nações Africanas. Às 19 horas entram em campo, no Stade de Franceville, para defrontar o Burquina Faso, comando pelo treinador português Paulo Duarte.

A única seleção lusófona em prova, não depende apenas de si. Precisam de vencer e de esperar que a seleção do Gabão, anfitriã da competição, perca ou empate o jogo diante dos Camarões, primeiro classificados do Grupo A.

É a primeira vez que os guineenses participam numa CAN. Olivier Bonamici, comentador da Eurosport, em entrevista ao canal, em antevisão ao início da competição, foi bem direto: "A Guiné-Bissau, uma seleção que no papel, deverá ser derrotada por 8-0 em cada jogo. [risos] O guarda-redes joga na 3.ª divisão portuguesa, a defesa é de 3.ª divisão portuguesa, 4.ª divisão espanhola e outro nem tem clube. Tem uma equipa com tudo para perder todos os jogos."

Mas Luís Norton de Matos, antigo selecionador da Guiné-Bissau, ao mesmo canal lembrou que "uma Guiné que na fase de grupos consegue eliminar dois antigos campeões [Zâmbia e Congo], é uma equipa que não pode ter medo, embora agora seja diferente".

Bonamici concordou, "sabemos que pode aproveitar o momento histórico e que pode acontecer o “efeito Eder”. Foi um grande ano de 2016 para a Guiné-Bissau e este pode ser um grande ano novamente para a seleção dos “djurtus”".

Este domingo história pode ser feita, assim como em 2016 o pontapé de Éder fez história em França ao dar o primeiro título de sempre à seleção A de Portugal.

Agora imagine que esse pontapé, em vez de acontecer no dia 10 de julho, acontecia hoje. Não era impossível de todo, bastava que Éder, luso-guineense, tivesse optado por envergar as cores da Guiné-Bissau ao invés das 5 Quinas. E não é caso único. O SAPO24 escolheu alguns dos talentos que podiam entrar hoje em campo para ajudar a Guiné a fazer história. Confira.

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