Com o objetivo assumido de ficarem em primeiro lugar do grupo para passarem diretamente para os oitavos de final, os bracarenses querem vencer a equipa dinamarquesa depois da derrota em Belgrado, há duas semanas, com o Estrela Vermelha (2-1).
“Espero um jogo de elevada dificuldade, [o Midtjylland] é uma equipa boa, com muita competência, vai ser necessário o melhor Sporting de Braga e uma grande comunhão com os adeptos. Acredito piamente nos meus jogadores, somos capazes de contornar este adversário e ganhar amanhã [quinta-feira]”, afirmou o técnico na conferência de imprensa de antevisão da partida.
Carlos Carvalhal notou que o adversário, líder do campeonato dinamarquês, “gosta de bola, de atacar e de ter um futebol positivo”.
“É uma equipa de cariz ofensivo, isso é bom, nós também, e está em perspetiva um bom jogo”, disse.
Os minhotos empataram no último jogo do campeonato, com o Santa Clara (1-1), com o golo sofrido a chegar já em período de descontos e Carlos Carvalhal quer alterar a forma como a equipa defende quando está em vantagem.
“A vontade de vencer é tão grande que, por intuição, todos queremos proteger a baliza. O adversário foi feliz pelo que fez nos últimos 10 minutos, mas nós quisemos ganhar nos restantes 80. O que temos que fazer melhor? Temos que defender mais à frente quando estivermos em vantagem, ser mais agressivos e não recuar tanto. No ano passado, também aconteceu isto, retificámos e nunca mais aconteceu”, disse.
Apesar das críticas de alguns adeptos do Sporting de Braga, que não ganha dois jogos seguidos desde março, Carlos Carvalhal disse “não sentir uma pressão extra”.
“A minha pressão é sempre a mesma: ganhar os jogos todos. Depois deste, a pressão será igual para defrontar o Boavista [domingo], será um jogo para ganhar”, disse.
Os avançados têm marcado poucos golos, com especial destaque para o reforço Mario González, ainda em branco, e o treinador revelou ter falado com o jogador.
“Por acaso, tive hoje [uma conversa com Mario González] e estou à espera de uma reação forte dele no sentido de, sem pressão absolutamente alguma, conseguir libertar-se e fazer o seu jogo normal. Por muitas conversas com o treinador ou ajudas dos colegas, quem muda as coisas somos nós, temos que olhar ao espelho e mudar as coisas. Não tem sido feliz, mas ele vai conseguir, porque tem capacidade e categoria para fazer golos”, disse.
Ao lado do treinador, Castro, que regresso nos Açores após longa paragem devido a lesão, salientou que a equipa “está motivada” e “com muita vontade de ganhar” na quinta-feira.
“Quando um jogo como o outro [Santa Clara] acaba, a primeira coisa que se pensa é quando é o próximo, para ganhar”, frisou o médio.
Castro, de 33 anos, considerou ainda que, depois da derrota com Estrela Vermelha, na primeira jornada, o jogo com o Midtjylland ganha maior importância tendo em conta o objetivo de ficar em primeiro lugar do grupo.
“Mas já era importante por jogarmos em casa e queremos ganhar os três jogos [do grupo] em casa. Sabemos que isso nos daria uma vantagem muito grande para a qualificação”, disse.
A inconstância a nível de resultados tem sido recebida com “tristeza” no grupo, admitiu.
“Porque queremos ganhar sempre os jogos, mas não perdemos a confiança em nós e nas nossas ideias. Neste grupo, há jogadores com muitos anos juntos, sabem a realidade do clube”, disse.
Para Castro, a presença na conferência de imprensa não é sinónimo de titularidade.
“Acho que não quer dizer nada. O importante é estar aqui, para o treinador ter o máximo de jogadores possível para jogar, é o que ele quer. Estou disponível para o jogo”, avançou.
Tormena, com um problema muscular, não treinou hoje de manhã e é baixa de última hora para o jogo de quinta-feira.
Sporting de Braga, último classificado, com zero pontos, e Midtjyklland, terceiro, com um, defrontam-se a partir das 20:00, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado pela francesa Stéphanie Frappart.
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