Votaram nas eleições de hoje 580 dos 7.164 sócios com direito a voto, tendo Carlos Pereira recebido 7.200 votos e sido ainda registados três votos nulos, na que foi a maior eleição dos últimos 30 anos.
“Quando deitei o voto na urna, pareceu-me que foi a primeira vez, até pelo número de votantes de hoje nas urnas. Senti-me tão desinibido e tão à vontade, o que me caracteriza nos últimos 20 anos. Para mim, é um ato perfeitamente normal, com tranquilidade”, afirmou.
O dirigente exerceu o seu voto na sede do clube perto das 19:00, pouco mais de uma hora antes do encerramento das urnas.
Para Carlos Pereira, o sentimento não é de dever cumprido, mas sim de haver “muito para cumprir” e a garantia é de um Marítimo “sempre a avançar”, dando continuidade ao projeto traçado e construído nestes 20 anos de presidência.
As metas do próximo mandato passam pela academia e pelo museu, ideias divulgadas na comemoração dos 20 anos à frente dos ‘verde rubros’.
“A academia vai ser uma realidade. Se olharmos ao número de atletas que o Marítimo tem, o pavilhão já se torna pequeno nas modalidades amadoras. O objetivo é aumentar a capacidade do pavilhão ou construir outro pavilhão. Resultados de várias modalidades são efémeros, mas o património não passa. O museu do Marítimo vai ser uma realidade no Estádio do Marítimo”, referiu, reforçando que os projetos “serão realidades e não sonhos a curto prazo”.
Já sobre o plano desportivo, Carlos Pereira pretende “regularidade” no campeonato e também marcar presença de vez em quando nas finais das taças e voltou a falar do grande sonho em poder ver o Marítimo na Liga dos Campeões.
“Sabemos que isso é difícil, que acontece acidentalmente face ao orçamento do Marítimo, face à sua insularidade, que é quase o seu isolamento. Só por um milagre isso acontece, mas isso não significa que não vá acontecer”, comentou.
A tranquilidade com que falou sobre a votação e o início do próximo mandato foi a mesma base da resposta em relação ao futuro, havendo motivação para continuar depois de 2021.
“Eu digo sempre que é o último mandato, mas, sempre que ele termina, fica a minha lista até à última da hora. O poder não pode cair na rua e eu sinto-me com força, com dinâmica e com juventude, porque parece que ainda tenho 18 anos, vou ter vontade de continuar. Comigo, não precisam de fazer eleições. Basta ter um projeto credível, que dê continuidade ao que acho ser bom para o Marítimo, estamos sempre à vontade”, respondeu.
Comentários