De acordo com a investigação, realizada por Louise Casey, o que aconteceu em Wembley e arredores antes da final entre a Inglaterra e a Itália em 11 de julho passado, deveu-se a uma falha coletiva no planeamento do jogo, a um dispositivo de segurança “carente de experiência” e à chegada da polícia "tarde demais".

A embriaguez e a influência das drogas nos que pretendiam assistir à final sem bilhete podiam ter originado um desastre maior, como causar mortes, e levaram à detenção de 51 pessoas nos arredores de Wembley e em Londres.

Ao todo, ocorreram 17 investidas massivas pelas entradas para deficientes físicos e saídas de emergência de incêndio e estima-se que cerca de duas mil pessoas forçaram a entrada em Wembley, que tinha cerca de 20 mil lugares livres devido às restrições da pandemia.

No relatório, Louise Casey descreve o que aconteceu como algo “sem precedentes” e uma “vergonha nacional”, e que até o corredor que separa a estação de Wembley Park do estádio era, várias horas antes do jogo, uma espécie de contentor enorme de vidro, cheio de garrafas partidas no chão.

“Temos sorte de ninguém se ter ferido gravemente ou pior e temos que tomar as medidas mais sérias possíveis contra as pessoas que acreditam que um jogo de futebol é uma desculpa para tal comportamento”, defende Louise Casey.

De acordo com a investigação, uma hipotética vitória da Inglaterra na final, que a Itália venceu nos penaltis (3-2, após 1-1), teria criado um risco ainda maior, pois estima-se que até seis mil pessoas teriam tentado entrar em campo após o apito final.

Outras causas apontadas pelo relatório são a ausência de 'fan zones' nas proximidades do estádio, bem como o facto de a polícia não ter feito o controlo suficiente para que as pessoas não consumissem álcool nos transportes públicos.

A federação inglesa (FA) foi sancionada com um jogo à porta fechada e uma multa de 100 mil euros da UEFA. Além disso, teme-se que esses incidentes possam ter afetado a candidatura do Reino Unido para organizar o Mundial2030.

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