O corredor da Movistar é um especialista no ‘crono’ e uma das principais esperanças de medalha para Portugal, uma vez que conseguiu, em 2017, ficar ‘à porta’ do pódio e tem registado bons resultados na especialidade durante a temporada, sendo que a prova também terá o bicampeão nacional da especialidade, Domingos Gonçalves.

O exercício individual de elite terá 52,5 quilómetros, que ficarão marcados pela subida de Gnadenwald – 4,9 quilómetros com inclinação média de 7,1% e rampas que chegam aos 14% -, uma dificuldade colocada a 22 quilómetros do final.

Nelson Oliveira foi, no domingo, o primeiro português a alinhar nos Mundiais, ao competir pela equipa espanhola no contrarrelógio por equipas, ficando no sexto lugar.

“Não correu mal. Queríamos mais, mas os outros foram mais fortes, não podemos fazer nada. Demos o nosso melhor e foi o resultado que conseguimos. As minhas sensações não foram más”, explicou à Lusa o corredor natural de Anadia.

Quatro vezes campeão nacional do ‘crono’, Oliveira tem o exercício como especialidade há vários anos, com o quarto lugar de 2017, mas também dois sétimos lugares, em 2016 e 2014, bem como outro sétimo melhor registo nos Jogos Olímpicos do Rio2016, comprovam a presença do português entre a elite do contrarrelógio.

Ainda assim, o corredor, que também disputa a prova de fundo no domingo, aponta o holandês Tom Dumoulin e o australiano Rohan Dennis como os favoritos, à frente de “alguns ‘outsiders’, que costumam fazer excelentes resultados”, nomeando o polaco Michal Kwiatkowski e o espanhol Jonathan Castroviejo.

O luso está agora a recuperar “ao máximo possível, do esforço de domingo” para poder discutir um lugar no pódio, um ‘sonho’ que ficou perto em 2017, ano em que até chegou “mais cansado da Volta a Espanha” do que este ano.

“Vontade (de ganhar uma medalha) há sempre. Terminei bem a ‘Vuelta’, não me senti tão cansado como no ano anterior, em que cheguei muito fatigado. Não quer dizer que quarta-feira esteja num dia ‘super’, mas espero que as coisas estejam bem e não tenha nenhum azar”, referiu.

Sobre o percurso, o português espera encontrar “bastantes dificuldades”, mas vê no circuito uma vantagem.

“A última parte é bastante dura, com muito sobe e desce, e espero que isso me possa favorecer”, considerou, uma vez que se dá melhor com subidas do que a maior parte dos outros roladores.

Quanto ao outro ciclista a representar a seleção portuguesa, o atleta de 29 anos descreve Domingos Gonçalves, que ao contrário de Nelson só participa no contrarrelógio, como “um excelente corredor, que tem feito grandes contrarrelógios” e tem provado a capacidade, ainda que não saiba a forma em que chega o campeão nacional de fundo e de ‘crono’.

Hoje, pelas 13:40, João Almeida e Ivo Oliveira disputam o contrarrelógio sub-23 masculino, com o primeiro a chegar aos Mundiais após o sétimo lugar na Volta a França no Futuro e Ivo depois de uma boa temporada, principalmente em chegadas ao ‘sprint’.

Com 22 anos, Ivo Oliveira parte para o terceiro Mundial no escalão sub-23, depois do 36.º lugar em 2016 e do 21.º em 2017, e o campeão nacional de ‘crono’ da categoria afirmou que seria “bom entrar no ‘top 20’ ou, quem sabe, fazer melhor”, até porque o percurso é ao seu gosto.

Da parte de João Almeida, de 20 anos, o foco estará na prova de fundo e não no ‘crono’, um ‘exclusivo’ para Ivo, e o corredor não quer pensar “num resultado histórico”, mas sim num “bom resultado” e em gerar boas sensações para a corrida de sexta-feira.

Na terça-feira, é a vez de Afonso Silva e Guilherme Mota disputarem o ‘crono’ no escalão de juniores, com os mesmos 28,5 quilómetros dos sub-23.

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