Reunido em sessão extraordinária, o COI confirmou a recomendação da Comissão Executiva do organismo, dois dias depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter rejeitado uma providência cautelar apresentada pela IBA com vista à suspensão da medida.
A retirada do reconhecimento da IBA, que está suspensa desde 2019, devido a uma sucessão de escândalos, retira à federação a capacidade para organizar torneios olímpicos de boxe e o acesso a financiamento por esta via.
“O COI tem procurado ajudar, de forma constante e paciente, relativamente às questões que motivam preocupação, [mas a IBA] não foi capaz de fornecer elementos que permitissem o levantamento da suspensão”, justificou o diretor-geral do COI, o belga Christophe de Kepper.
A IBA está desacreditada por repetidos escândalos de arbitragem, corrupção e dívidas — e também por ter um antigo líder ligado ao crime organizado no Uzbequistão -, apesar dos esforços de reforma prometidos pelo novo presidente, o russo Umar Kremlev, eleito em 2020.
Um relatório publicado este mês considera que a IBA não cumpre as condições para que lhe seja levantada a suspensão, mas também que entrou em conflito direto e de “intimidação” com o COI, que tem organizado por si próprio os torneios olímpicos, quer em Tóquio2020, quer o próximo, de Paris2024.
A dependência financeira da Gazprom, gigante russo da energia, tornou-se ainda mais problemática no contexto da guerra na Ucrânia, e uma nova federação, a World Boxing, agrega já vários países do Ocidente, dos Estados Unidos à Suíça, e promete trazer mais membros para trazer credibilidade ao desporto.
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