“Fico satisfeito pelas declarações que foram feitas pelo presidente da Federação Portuguesa de Atletismo. Porventura, tem dados da situação que eu não domino, que eu não conheço. E, portanto, aquilo que me parece de enfatizar, de sublinhar, é as declarações que foram feitas, que foram produzidas, de que está convencido que o Pablo Pichardo, o Pedro, vai participar nos Jogos Olímpicos representando Portugal”, salientou.
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) falava aos jornalistas à margem da cerimónia de homenagem às atletas pioneiras em cada modalidade na representação de Portugal em Jogos Olímpicos, que teve hoje lugar na sede do organismo, em Lisboa, a propósito do Dia Internacional da Mulher.
José Manuel Constantino reagia assim às declarações do presidente da FPA, Jorge Vieira, que, na quinta-feira, assegurou à agência Lusa que Pedro Pablo Pichardo vai participar nos Jogos Olímpicos Paris2024, para os quais ainda não tem mínimos, se estiver com boa saúde e bem preparado, apesar do diferendo com o seu clube, o Benfica.
“Tenho presente as declarações de ontem [quinta-feira] do presidente da FPA, de que está seguro, não havendo impedimentos do ponto de vista da saúde do atleta, de que ele estará presente nos Jogos Olímpicos de Paris”, insistiu.
Pichardo, de 30 anos, não compete desde maio de 2023 e, em divergência com o Benfica, clube ao qual está ligado contratualmente até aos Jogos Olímpicos Los Angeles2028, ainda não aceitou o processo de filiação na plataforma da FPA.
O máximo dirigente desportivo nacional escusou-se a comentar o diferendo entre o atual campeão olímpico do triplo salto e os ‘encarnados’, notando que é um tema que tem de ser “dirimido em sede própria”.
O presidente do COP, que se mostrou novamente disponível para “facilitar” a articulação entre todas as partes, de modo a garantir que Pichardo possa representar Portugal em Paris2024, acredita que o atleta não terá “grandes dificuldades do ponto de vista atlético” para atingir os mínimos para os próximos Jogos Olímpicos, que decorrem entre 26 de julho e 11 de agosto.
Na semana passada, em declarações à Lusa, Constantino tinha-se mostrado “muito preocupado” com a situação desportiva de Pablo Pichardo.
“Ele está lesionado, está a ser tratado e acompanhado, mas, simultaneamente, há um processo desportivo, de filiação, que não está assegurado. Há um conflito latente com o clube, que, até à presente data, ainda não terá sido ultrapassado”, afirmou, na altura, o dirigente olímpico.
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