Em conferência de imprensa, na sede do organismo que regula o futebol europeu, acerca das medidas de mitigação da pandemia de covid-19 implementadas durante o Euro2020, o diretor médico do evento, Zoran Bahtijarevic, entendeu que “é muito fácil apontar o dedo à final” entre os ingleses do Chelsea e do Manchester City, no Porto.

“Na mesma semana, Portugal começou a abrir [as fronteiras] para turistas britânicos. É muito fácil apontar o dedo à final, mas, pelo meu conhecimento, todos os fãs que viajaram desde o Reino Unido fizeram teste PCR e só entraram no estádio com isso. Não sei quantos casos estão diretamente relacionados, pois muita coisa aconteceu ao mesmo tempo e é impossível saber a que se deve”, afirmou o croata aos jornalistas.

Na final da Liga dos Campeões da época 2020/21, disputada em 29 de maio no Estádio do Dragão, no Porto, o Chelsea sagrou-se pela segunda vez campeão europeu de futebol, ao vencer por 1-0 o Manchester City.

A cidade do Porto foi escolhida para substituir Istambul, como ‘palco’ da final da ‘Champions’, no seguimento das dificuldades intransponíveis de viagens dos adeptos ingleses, tendo em conta que a Turquia integrava a ‘lista vermelha’ do Reino Unido, dadas as restrições impostas face à pandemia de covid-19.

Milhares de adeptos ingleses rumaram ao Porto para assistir à final da mais importante competição europeia de clubes, no Estádio do Dragão, numa afluência que causou uma forte presença em locais como a Ribeira, onde se registaram desacatos, além de não terem sido cumpridas regras como o uso de máscara ou o distanciamento social.

Após o final do jogo, dois adeptos ingleses foram detidos pela PSP por terem agredido agentes policiais, o que fez com que um dos elementos das forças de segurança tivesse de ser suturado na face, no Hospital Santo António.

No fim do jogo, cerca de 50 aviões com adeptos das duas equipas partiram do aeroporto Sá Carneiro rumo a Londres e a Manchester.