Guarda-redes: Iker Casillas

créditos: OCTAVIO PASSOS/LUSA

Iker ou Casillas para os adeptos, San Iker para os defesas centrais quando falham uma interceção, dispensa apresentações. Aos 37 anos é o guarda-redes menos batido do campeonato, apenas com 19 golos sofridos. A experiência de 20 anos de uma carreira que inclui três Ligas dos Campeões, um Mundial, dois Campeonatos da Europa, cinco ligas espanholas e uma liga portuguesa, foi determinante para fazer do FC Porto a defesa mais compacta da Liga NOS.

Defesa esquerdo: Grimaldo

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Existe a expressão 'rato de área' e aqui sugerimos que se crie a expressão ‘rato de linha’. Grimaldo parece conseguir percorrer a lateral esquerda por completo e foi um dos jogadores mais consistentes ao longo da época. O espanhol foi preponderante no caminho do título do SL Benfica, especialmente a nível ofensivo, somando quatro golos e 11 assistências. O ex-Barcelona mostrou capacidade de encaixe com os extremos com quem fez dupla ao longa da época e ainda um grande crescimento a nível defensivo, mostrando-se mais seguro em comparação com a temporada anterior.

Defesas centrais: Felipe e Éder Militão

créditos: JOSE COELHO/LUSA

Aqui estão duas posições de que não faz sentido falar dos eleitos sem ser em conjunto. Felipe e Éder Militão formaram a grande barreira defensiva à frente de Casillas que permitiu ao FC Porto ter a melhor defesa do campeonato. Um mais físico, outro mais técnico, foram os melhores à frente da baliza, mas também fizeram estragos na baliza adversária: Felipe termina a época com um golo e uma assistência e Militão com três golos e quatro assistências. Não será sem razão que o primeiro tem sido apontado ao Atlético Madrid e o segundo já garantiu a saída para o Real Madrid em junho por… 50 milhões de euros.

Defesa direito: André Almeida

Há umas temporadas seria muito improvável encontrar o nome de André Almeida na lista dos melhores do ano. Mas o defesa encarnado melhorou a olhos vistos, apesar de ainda estar longe de gerar consenso entre os adeptos benfiquistas. A verdade é que o capitão dos encarnados soma dois golos e 12 assistências no campeonato e é um dos indiscutíveis do conjunto de Bruno Lage.

Médio: Bruno Fernandes

Se não ficou convencido com o que escrevemos sobre ele quando o elegemos como a figura do campeonato, voltamos a repetir os números com que termina a época: 20 golos e 13 assistências.

Médio: Chiquinho

créditos: OCTAVIO PASSOS/LUSA

É o único jogador da lista que não integra nenhum dos plantéis dos chamados três grandes, apesar de, provavelmente, ter lugar em qualquer um deles. Foi opção em todos os jogos da equipa sensação do campeonato, o Moreirense, e soma oito golos e sete assistências. A maneira como enche o meio-campo da equipa de Moreira de Cónegos faz prever que para o ano poderá já não vestir o axadrezado verde e branco.

Médio: Pizzi

Luís Miguel é alguém que soma 19 assistências, o melhor registo do campeonato, para além de ter feito abanar as redes 13 ocasiões. Foi o maestro da transição ofensiva encarnada e se isto não chega, não sei bem mais o que dizer.

Avançado: Rafa

Rafa não teria lugar neste onze nos outros dois anos em que vestiu a camisola das águias por uma razão: dificuldade no momento da finalização. Mas este ano não: fez 17 golos e três assistências, foi o desequilibrador do lado esquerdo encarnado e este lugar é dele. Mais que merecido.

Avançados: João Félix

créditos: CARLOS COSTA / AFP

Porque nós aqui não discriminamos clubes, o que foi dito sobre Bruno Fernandes, é o que dizemos sobre João Félix. Se não ficou convencido com o que leu no artigo em que o elegemos como jogador revelação, repetimos os números: 15 golos e sete assistências. E… tem só 19 anos.

Ponta de lança: Seferovic

créditos: MIGUEL A. LOPES/LUSA

Quem diria que o suíço, que na melhor época da sua carreira tinha apontado 11 golos, quando estava ao serviço do Eintracht Frankfurt, iria ser o melhor marcador da liga portuguesa depois de na sua época de estreia ter feito apenas quatro golos no campeonato? Ora, provavelmente ninguém. Para felicidade dos benfiquistas, Seferovic foi o 'matador' das águias e formou com João Félix um dupla letal.

Treinador: Bruno Lage

Assumiu o comando do SL Benfica em janeiro, depois da saída de Rui Vitória. Em 19 jogos venceu 18 e empatou um. Recuperou uma desvantagem de sete pontos de distância para o líder FC Porto, no início do ano. Mais do que triplicou o registo de golos marcados pelos encarnados… Podíamos continuar, mas acho que já percebeu a ideia.

Suplentes (Porque só distinguir 11 não nos chegava)

Guarda-redes: Léo Jardim

créditos: HUGO DELGADO/LUSA

É o guardião com mais defesas no campeonato (123) e os 51 golos sofridos enganam, foi um dos artífices da boa campanha do Rio Ave no campeonato que terminou em oitavo lugar. Está em Vila do Conde por empréstimo do Grémio e é um dos jovens a ficar atento.

Defesa central: Ivanildo Fernandes

créditos: OCTAVIO PASSOS / LUSA

No dia 10 de abril, segundo o Goal Point, só havia dois centrais nos principais campeonatos europeus que não tinham sido ultrapassado em dribles: Virgil Van Dijk e Ivanildo Fernandes. Não, ninguém está a dizer que o central emprestado pelo Sporting CP ao Moreirense é tão bom como o holandês, mas merece muito crédito por se ter mostrado intransponível em mais de meia época.

Defesa lateral: Alex Telles

créditos: EPA/GREGORIO CUNHA

Telles só não está a jogar a titular no onze acima porque esta época tivemos super-Grimaldo. Em condições normais, os quatro golos marcados, as oito assistências, a consistência ao longo da época e o facto de pertencer à defesa menos batida da liga valiam-lhe o acesso ao melhor 11.

Médio: Davidson

créditos: PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA

O facto de o Vitória de Guimarães ir à Liga Europa na próxima época é muito culpa do médio brasileiro que fez seis golos e oito assistências. E do Moreirense… que não se inscreveu a tempo.

Extremo: Jesús Corona

créditos: JOSE COELHO / LUSA

A época do mexicano pode passar despercebida, mas os cinco prémios de melhor jogador em campo podem ser uma pista para nos apercebermos de que foi um dos mais desequilibradores do FC Porto. Marcou três golos e distribuiu nove assistências (e fez, muitas vezes, uma 'perninha' como lateral direito).

Extremo: Wilson Eduardo

créditos: HUGO DELGADO/LUSA

Esta é a melhor época da carreira do antigo jogador do Sporting, com 13 golos e duas assistências. Além disso, foi o elemento mais consistente do plantel de um Sporting de Braga constantemente em altos e baixos.

Ponta de lança: Dyego Sousa

créditos: HUGO DELGADO/LUSA

Até ao renascer de Seferovic, Dyego Sousa seguia tranquilo e descansado na liderança da tabela de melhor marcadores. Fez 14 golos, sete assistências e foi chamado por Fernando Santos à seleção nacional. Os adeptos do Sporting de Braga rezam para que o avançado não diga no verão a expressão bracarense mais repetida na internet desde as meias-finais da Taça de Portugal: “Vou-me embora!”