“Os jogadores em contexto de seleção falam todos os dias e isso nunca perturbou o ambiente da Seleção Nacional. Isso é obra do treinador, do selecionador, que tem uma palavra a dizer sobre quem são os jogadores que falam. Estou a falar de uma prática que é usada nas seleções nacionais. Respondem a perguntas, aproximam-se, recebem crianças de instituições e colaboram com ações de natureza de responsabilidade social”, afirmou Tiago Craveiro durante a primeira Executive talks: futebol 4.0: Um novo paradigma?', que decorreu ontem na Cidade do Futebol, Oeiras.

O diretor-geral da Federação Portuguesa de Futebol, antes da tecnologia ser um risco para o futebol (numa altura em que se questiona o vídeo-árbitro), considera ser mais preocupante ouvir poucas vezes os protagonistas. “Risco para o futebol é ouvirmos os jogadores poucas vezes. Esse é que é o risco para o futebol. Desligar os protagonistas das pessoas”, anotou.

A politica de comunicação da FPF recebeu, por isso, elogios de Nuno Santos, diretor da The Story Lab, unidade de conteúdos e programming, da Dentsu Aegis. “A relação é distinta dos clubes. É pena”, salientou o antigo diretor de programas e conteúdos da RTP, da SIC e da Multichoice África numa conversa sobre futebol, tecnologia e comunicações e que juntou ainda Alexandre Fonseca, CEO da Altice e Luís Parafira da 7Legend (responsável pela marca CR7).

Tiago Craveiro aproveitou ainda o palco para defender o VAR e atirar uma farpa aos críticos: “Para quem acha que o vídeo-árbitro vai parar excessivamente o jogo, não temos assistido a isso”.

Falando sobre as tecnologias e fazendo futurologia até 2024, defendeu que “quem vai ao estádio não pode ter menos do que quem está em casa (a ver na televisão)”. Por seu lado, Alexandre Fonseca, Altice considera que a “experiência de ver um jogo de futebol tem que começar mais cedo” pelo que “ir à bola tem que ser visto de forma completamente diferente”, referindo-se ao papel que as tecnologias podem desempenhar na indústria do futebol.

A informação ao serviço dos adeptos é, por isso, a base de tudo. "Em 2024, as pessoas já não vão aceitar receber a informação de forma indireta. E a própria tecnologia do vídeo-árbitro que se alargue e chegue mais simples e eficaz aos adeptos”, sublinhouTiago Craveiro, diretor-geral da FPF.

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