O comunicado, dirigido a sócios, adeptos, parceiros e colaboradores, foi elaborado após uma reunião realizada hoje com a presença dos membros da Direção e do Conselho de Administração da Benfica SAD, na qual se analisou toda a informação disponível, a que se seguiu outra reunião com o departamento jurídico e com os advogados do clube.

“Realizadas as referidas diligências, deliberaram, por unanimidade, manter a sua integral confiança em Paulo Gonçalves, aguardando com serenidade a conclusão do processo e reiterando uma vez mais a sua total colaboração para com as autoridades judiciais”, pode ler-se no comunicado.

O assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves ficou proibido de contactar com os outros arguidos do processo 'e-toupeira', de acordo com o despacho da juíza Cláudia Pina proferido na quarta-feira à noite.

O outro detido no processo, José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de Fafe e Guimarães, indiciado por corrupção passiva, ficou em prisão preventiva.

Na terça-feira, a Polícia Judiciária deteve José Silva e Paulo Gonçalves, no âmbito da operação 'e-toupeira', depois de ter realizado 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa.

Após o primeiro interrogatório judicial, o assessor jurídico da SAD benfiquista foi indiciado por corrupção ativa e quatro crimes de violação do segredo de justiça, estes em coautoria com o técnico informático José Silva, o qual, por sua vez, está ainda indiciado de um crime de corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato, burla informática, falsidade informática e nove crimes de acesso ilegítimo.