A romena Roxana Cocos, prata na categoria -69kg, e o seu compatriota Razvan Martin, bronze nos -69kg, podem ser desclassificados, uma vez que a reanálise das suas amostras, recolhidas em Londres2012, detetou a presença de esteroides.
Caso se confirme a desclassificação de Cocos, a cazaque Anna Nurmukhambetova ‘herda’ a prata, enquanto a colombiana Ubaldina Valoyes receberá o bronze. Já o bronze de Martin, que já tinha estado suspenso por doping entre 2013 e 2015, poderá passar para o norte-coreano Myong Hyok Kim.
Cocos e Martin podem juntar-se aos mais de 50 halterofilistas que perderam as medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos Pequim2008 e Londres2012, depois de as amostras recolhidas durante aquelas competições terem sido reanalisadas com métodos mais modernos de deteção de doping.
Estes novos casos acontecem num momento em que a federação internacional está sob suspeita, após o canal alemão ARD ter transmitido um documentário no qual sugere que práticas de doping são encobertas há vários anos pela IWF, sob a liderança do presidente Tamas Ajan, o húngaro que está no cargo desde 2000.
Até 2017, os halterofilistas de nível superior não eram testados regularmente e os oficiais de controlo de doping recebiam dinheiro para manipular amostras, acusa o filme do jornalista da ARD Hajo Seppelt, que fez as primeiras revelações sobre o escândalo generalizado de doping na Rússia.
Na passada segunda-feira, a Agência Mundial Antidopagem (AMA) anunciou uma investigação de um possível sistema de corrupção na IWF, por alegadamente ter encoberto inúmeros casos de doping.
Na quinta-feira, Tamas Ajan classificou de “caluniosas” as acusações “injustas” de conivência com a dopagem feitas contra si e ameaçou recorrer à justiça.
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