Segundo fontes da presidência do governo espanhol, citadas pelo diário, a proposta de Pedro Sánchez foi bem acolhida pelo primeiro-ministro marroquino, Saadedín Al Othmani, e pelo rei Mohamed VI.

O El País informa que o primeiro passo foi dado em 13 de setembro, dia em que o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, visitou o primeiro-ministro espanhol na companhia do presidente da FIFA, Gianni Infantino, e lhe pediu apoio para uma candidatura ao Campeonato do Mundo de 2030 ou ao Euro2028.

O jornal sublinha que a presença de Infantino significava um apoio implícito do organismo que tutela o futebol mundial.

Nesse momento, a ideia da RFEF contemplava a possibilidade de uma candidatura conjunta com Portugal, como já tinha acontecido no tempo Ángel María Villar, antecessor de Rubiales, para o Mundial de 2018, que acabou por ser atribuído à Rússia.

Segundo o El País, um dos argumentos da RFEF eram as boas relações ente Rubiales e o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, mas não se ponderava a hipótese de incluir Marrocos.

Este país candidatou-se ao Mundial de 2026, cuja organização foi atribuída a Canadá, Estados Unidos e México, e na sua proposta destacava o facto de Marrocos estar no cruzamento do oriente com o ocidente e onde a Europa se encontra com África.

A última grande competição internacional de futebol organizada pela Espanha foi o Mundial de 1982, enquanto Portugal teve a seu cargo o Europeu de 2004.

Uma eventual candidatura dos países ibéricos com Marrocos iria juntar-se à proposta conjunta apresentada por Argentina, Paraguai e Uruguai em julho de 2017.

A Coreia do Sul deu eco da vontade se aliar a Coreia do Norte, Japão e China, enquanto o Reino Unido e a Irlanda também já manifestaram vontade de avançar, apadrinhados pelo presidente da UEFA, Alexander Ceferin. Marrocos também já tinha colocado a hipótese de se juntar a Argélia e Tunísia.

O único Mundial de futebol organizado por mais de um país foi o de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, e o segundo será o de 2026, mas em nenhum dos casos envolveu nações de duas confederações.