João Sousa, número 83 no “ranking” ATP, e Sebastian Baez, 59.º da hierarquia, treinaram juntos no court coberto do Clube de Ténis do Estoril na passada sexta-feira, 22 de abril, véspera do sorteio do Millennium Estoril Open.

A sorte ditou um reencontro entre o vimaranense e o argentino, agora contabilizável para o ranking, na primeira ronda do único torneio português do ATP Tour.

Ao fim de pouco mais de uma hora, no primeiro confronto direto entre ambos, o court principal, o tenista de 21 anos, natural de Buenos Aires, atirou João Sousa, 33 anos, 1,85 m e wild-card, para fora da terra batida do Estoril.

“Acontece com todos, nos dias prévios treinamos e depois acabamos a jogar. Já me calhou a mim, treinar um dia e nessa mesma noite jogar o encontro com o mesmo adversário”, confidenciou o argentino na zona mista.

“Não o conhecia (João Sousa). É um rival duro”, reconheceu o especialista em terra batida, que este ano chegou, pela primeira vez, a uma final dos torneios ATP (ATP 250 de Santiago) e tem somado vitórias no Challenger Tour e títulos (6). “No Challenger todos os torneios são cada vez mais difíceis, tem jogadores do top 100 e serve para preparar o nível seguinte”, sustentou.

Pequeno de estatura, 1,70 m, o antigo n.º 1 júnior mundial terá pela frente na segunda ronda o gigante Marin Cilic, croata de 33 anos e 1,98 m. “Todos são mais altos, sou o mais baixo do torneio (Diego Schwartzam desistiu do torneio)”, gracejou. “Estou preparado e será uma partida difícil. Agora tenho de terminar o dia e recuperar. Pensarei depois no jogo, ainda falta para pensar”, disse.

O pó de tijolo do Estoril arrasta boas memórias para os tenistas argentinos. David Nalbandian, Juan Ignacio Chela, Gaston Gaudio, Juan Martin del Potro e Carlos Berlocq constam da lista de vencedores. “São de outra dimensão, de outro nível e estou contente por estar mais perto, mas não penso ainda em títulos. Estou na 2.ª ronda e ainda falta”, reforçou.

Da listagem de compatriotas destaca um: “Juan martin Del Potro tem uma excelente relação com o meu treinador, trocam mensagens e, de vez em quando, falo com ele. Falei antes da Taça Davis”, confidencia. “Foi alguém tão bom em algo”, diz, referindo-se ao tenista de 1,98 m que chegou a ser número três do mundo.

Na despedida da conversa com os jornalistas, Baez descreveu-se a si próprio: “Um jogador lutador que não se importa de ser baixo”, sorriu, de novo.

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