Num encontro que começou no sábado e foi interrompido várias vezes pela chuva, João Domingues (190.º do mundo), que em 2017 chegou à segunda ronda do único torneio português do circuito profissional, afastou o italiano Alessandro Giannessi (162.º), por 7-5, 6-1, em uma hora e 17 minutos.

“Acho que foi a primeira vez na minha vida que entrei quatro vezes para jogar. Aqueci para aí umas 10 vezes. Acho que consegui estar tranquilo ao ponto de estar bem mentalmente quando fui jogar”, referiu.

João Domingues diz que é “um jogador diferente” este ano e que está “num nível superior” ao de 2017, assumindo o ojetivo de “chegar a top-100 este ano”, mas sem obsessão.

Na ronda de acesso ao quadro principal, João Domingues vai defrontar o francês Corentin Moutet, 137.º da ‘ranking’, naquele que será o segundo confronto entre ambos, depois de o gaulês ter vencido no ‘challenger’ de Sevilha, em 2017.

Mais surpreendente foi a vitória de Frederico Gil, 442.º do mundo, sobre o holandês Kenny de Schepper, 177.º, por 6-4, 1-6, 6-4, em uma hora e 39 minutos.

“Acho que fiz um bom jogo. Tenho vindo a melhorar. Sinto que estou a voltar a entrar numa boa forma. Preciso de mais jogos, mais vitórias. Sabe sempre bem jogar aqui, em casa, com família, amigos, pessoal a ver. Estou contente, bem, porreiro”, assumiu.

Fred Gil disse que a diferença no encontro possa ter estado na “motivação muito maior” de jogar em Portugal, até porque admitiu que jogou “um pouco abaixo dos últimos dois torneios” que fez.

Para chegar seis anos depois ao quadro principal de um torneio ATP em Portugal – em 2012 o torneio tinha outra organização e disputava-se no Jamor -, Gil vai ter de ultrapassar o norte-americano Tim Smyczek, 123.º.

O primeiro cabeça de série do ‘qualifying’ afastou o português Francisco Cabral (877.º), estreante num torneio do circuito principal, por 6-2, 6-1, em 52 minutos.

João Monteiro (263.º) também conseguiu uma pequena surpresa, ao afastar o francês Stephane Robert (169.º), por 6-3, 6-7 (5-7), 7-6 (7-4), em duas horas e 28 minutos, num encontro em que esteve a perder por 5-1 no terceiro ‘set’.

“Tive mais uma vez a dois pontos de ganhar no segundo ‘set’. Depois perdendo esse ‘set’ foi muito difícil entrar no terceiro. Senti que estava com menos energia, mas depois ele também baixou um pouco no 5-1 e eu fiquei também com mais energia, com as pessoas a puxar mais e acho que isso foi a chave”, disse.

Admitindo que não se jogou “o ténis mais bonito de sempre”, João Monteiro disse que esta foi “uma vitória importante”, talvez a maior da sua carreira.

“Uma primeira ronda do ‘qualifying’ para muitas pessoas não significa muito, mas para mim sim. Foi provavelmente o melhor momento que vivi como tenista. Sou profissional há menos de dois anos. Foi a melhor experiência que tive até hoje”, confessou.

Na luta pelo acesso ao quadro principal, Monteiro, que procura a estreia nessa fase no Estoril, vai defrontar Ricardo Ojeda Lara, 207.º da hierarquia mundial, naquele que será o quarto encontro entre ambos, com vantagem para o espanhol, embora os três confrontos anteriores se tenham disputado em torneios ‘future’.

Tiago Cação (844.º) também se estreou na qualificação de um torneio ATP, mas caiu perante o espanhol Jaume Munar (174.º), que na semana passada afastou João Sousa na primeira ronda do torneio de Barcelona.

Munar venceu Cação, por 7-5, 6-3, em uma hora e 21 minutos.

João Domingues, Frederico Gil e João Monteiro procuram na segunda-feira juntar-se a João Sousa, 67.º do mundo, Gastão Elias, 111.°, Pedro Sousa, 118.º, e Frederico Silva, 289.º, no quadro principal.

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