“Não fazia ideia na altura, mas esta seria a última vez que iria assinar [o ‘livro de ponto’] antes de uma etapa como ciclista profissional. Fim de um capítulo de 13 anos na minha vida, com algumas das memórias mais incríveis”, escreveu o agora ex-corredor, numa publicação na rede social Twitter, ilustrada por uma fotografia que lhe foi tirada antes do início da quinta etapa da Volta a Grã-Bretanha.
Ciclista emblemático do pelotão, quer pela sua perseverança, quer pelos vários azares de que foi vítima ao longo da sua carreira, Porte, de 37 anos, escolheu a prova britânica para se despedir do pelotão, mas acabou por ver a sua despedida abruptamente encurtada devido ao cancelamento da corrida, na sequência da morte da Rainha Isabel II na quinta-feira.
Vencedor de algumas das principais corridas do calendário internacional, como o Critério do Dauphiné (2021), o Paris-Nice (2013 e 2015), a Volta à Catalunha (2015), o Tour Down Under (2017 e 2020), a Volta à Suíça (2018) ou a Volta à Romandia (2017), o australiano nunca foi feliz nas grandes Voltas até 2020, quando, contra todos os prognósticos, foi terceiro classificado do Tour e subiu ao pódio nos Campos Elísios.
“Nunca poderia ter imaginado, enquanto miúdo a crescer na Tasmânia, que seria suficientemente sortudo para viajar o mundo a pedalar, representar algumas das melhores equipas do ciclismo e conhecer tanta gente brilhante no caminho”, prosseguiu Porte.
Após iniciar o seu percurso na Saxo Bank (2010), passou pela Sky (2012-2015), pela BMC (2016-2018) e pela Trek-Segafredo (2019-2020), antes de regressar à formação britânica para assumir o papel de trabalhador.
“Agradeço todas as mensagens e o apoio na estrada durante a Volta à Grã-Bretanha. Estou preparadíssimo para desfrutar do novo capítulo, mas que brilhante viagem foi esta. Como disse Forrest Gump, ‘Estou muito cansado. Acho que vou para casa agora'”, concluiu.
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