No Estádio de La Cartuja, em Sevilha, o herói da partida foi o médio Thorgan Hazard, que apontou o único tento da partida, aos 42 minutos, suficiente para embalar os ‘diabos vermelhos’ para os quartos de final.
Na próxima ronda, a equipa comandada pelo espanhol Roberto Martínez mede forças com a Itália, que no sábado bateu a Áustria por 2-1, após prolongamento, num embate marcado para sexta-feira, no Allianz Arena, em Munique.
Na primeira vez que Portugal defrontou os belgas na fase final de uma grande competição, o selecionador luso, Fernando Santos, promoveu as estreias do médio João Palhinha e Diogo Dalot entre os titulares, relegando para o banco Danilo e Nélson Semedo.
Também no ‘onze’ da líder do ‘ranking’ mundial, Roberto Martínez operou alterações, face à vitória com a Finlândia (2-0), com as entradas de Alderweireld, Vertonghen, Meunier, Tielemans e Thorgan Hazard.
Sem nunca abdicar do sistema preferencial 4x3x3, Fernando Santos voltou a ver a sua equipa deparar-se com uma seleção que joga com três centrais e projeta os laterais, idêntico ao que a Alemanha (4-2) fez na fase grupos, em Munique, o que dificultou a construção de jogo luso, acabando por dar, muitas vezes, a iniciativa de jogo ao adversário.
Mesmo com o assumir do jogo por parte da Bélgica, foi o ainda campeão europeu a dispor logo de uma boa ocasião – a melhor da primeira parte, à passagem do minuto seis, quando Renato Sanches usou do físico para recuperar a bola a meio-campo e colocar num displicente Diogo Jota.
Pouco depois, foi a vez dos ‘diabos vermelhos’ darem o primeiro aviso, fruto da boa combinação entre o possante Romelu Lukaku e Eden Hazard, que atirou, à entrada da área, por cima da barra da baliza de Rui Patrício.
Sempre que Portugal aproveitava uma brecha, conseguia causar algum perigo, mas, mais uma vez, o desfecho não se traduziu em golo. Uma mão na bola de Vermaelen possibilitou a Cristiano Ronaldo, na cobrança de um livre direto, rematar forte à baliza de Courtois, que teve de se aplicar.
Se Portugal teve as melhores chances dos primeiros 45 minutos, a líder da hierarquia mundial mostrava-se mais confortável em campo, não era pressionada quando trocava a bola e sabia que era pelas laterais defendidas por Raphaël Guerreiro e o titular estreante Diogo Dalot que podia ter sucesso.
Foi precisamente devido à tal falta de agressividade na altura de defender que ajudou a Bélgica a colocar-se na frente do marcador. O médio Thorgan Hazard ‘puxou’ o pé direto atrás e contou com a ajuda de Rui Patrício para anotar o segundo golo na prova, aos 42 minutos.
Na segunda parte, Portugal tinha de ‘pegar’ no jogo e Renato Sanches, talvez o melhor, bem tentou projetar os lusos para o ataque, mas faltava definição à equipa no último passe, o que obrigou a Ronaldo vir buscar a bola longe da baliza, para criar uma jogada que quase deu o golo do empate.
Foi novamente pelo desastrado Diogo Jota que a equipas das ‘quinas’ podia ter reentrado na discussão do jogo, porém, bem enquadrado, não foi astuto para dar o melhor seguimento ao passe do ‘capitão’.
Nem mesmo com a Bélgica a perder o seu melhor jogador, o médio Kevin de Bruyne, por lesão, logo no recomeço, Fernando Santos não via os seus jogadores aplicarem aquilo que, provavelmente, tinha pedido ao intervalo.
As entradas de Bruno Fernandes e João Félix, o último a competir pela primeira vez na prova, deviam ter trazido poder de remate e desequilíbrios no um contra um, mas foi da cabeça de Rúben Dias, a 10 minutos do fim do tempo regulamentar, que podia ter ficado tudo empatado. Courtois foi bafejado pela sorte ao ver a bola sair direta às duas mãos.
Os derradeiros minutos foram de verdadeira aflição para os belgas, que optaram por baixar linhas para defender com mais homens junto à área e tentar anular as ‘armas’ lusas que tinham entrado. Mas, mais uma vez, foi dos titulares que veio o perigo, com Raphaël Guerreiro, de primeira, a disparar ao poste da baliza ‘abençoada’.
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