"Espero que os portugueses se desloquem de forma massiva para o sul de Espanha e que possam apoiar uma grande vitória de Portugal nos oitavos de final deste campeonato da Europa", disse Eduardo Ferro Rodrigues, depois de a seleção nacional de futebol assegurar a passagem à próxima fase do Euro2020. Acrescentou ainda que o próprio marcará presença em Sevilha.
Com o 2-2 no Alemanha-Hungria e o empate frente à França, a seleção lusa terminou no terceiro lugar do grupo, tendo assim encontro marcado com a Bélgica nos ‘oitavos’, domingo, em Sevilha.
A declaração, feita no calor do apuramento da seleção portuguesa, está a gerar polémica numa altura em que o país se prepara — devido à situação pandémica — para colocar um travão no desconfinamento.
Cem dias depois de ter iniciado o desconfinamento na zona verde da matriz de risco, Portugal encontra-se com os indicadores de controlo da pandemia no "vermelho" e começam a soar os alertas, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, que concentra 64,3 % do total de casos a nível nacional.
Na quarta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que Lisboa e Vale do Tejo deverá manter as medidas de restrição em vigor devido à situação epidemiológica da covid-19, enquanto o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, admitiu que o município pode dar um passo atrás no desconfinamento.
O agravamento da pandemia tem sido gradual e evidente nos últimos 31 dias, com o país a passar de 241 casos de infeção registados a 24 de maio para os 1.497 verificados na quarta-feira, o que representa uma subida de mais de 520%.
Há uma semana, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, admitiu mesmo que Portugal venha a travar a passagem a uma nova fase de desconfinamento, prevista para a esta semana, face à evolução negativa da situação epidemiológica.
Hoje, o Conselho de Ministros reuniu-se com a situação da covid-19 na agenda e o país ficará a saber esta tarde se haverá, como se perspetiva, novas travagens ou retrocessos no desconfinamento.
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