
No centro das comemorações estará uma exposição, nas Portas de Brandemburgo, intitulada “Finalmente a paz?!”, com entrada livre.
O programa da semana temática de Berlim “80 anos do fim da guerra” inclui também uma comemoração conjunta com o estado federado vizinho de Brandeburgo que prevê um encontro com sobreviventes do Holocausto no memorial do antigo campo de concentração de Sachsenhausen.
Já na segunda-feira, o presidente da câmara municipal de Berlim, Kai Wegner, participa num ‘workshop’ com jovens, para discutir a Segunda Guerra Mundial, o fim do conflito na Europa com a capitulação do regime da Alemanha nazi e as lições a tirar destes acontecimentos.
No dia 07 de maio, a sobrevivente do Holocausto, de 103 anos, Margot Friedländer deverá participar numa cerimónia fúnebre organizada pelo senado e pela câmara dos representantes da capital alemã.
O dia da libertação do nacional-socialismo, a 08 de maio, é celebrado pela primeira vez como feriado em Berlim.
Representantes do senado vão depositar uma coroa de flores no memorial soviético em Schönholzer Heide, no distrito de Pankow.
No entanto, de acordo com a chancelaria do senado, esta comemoração não está aberta ao público. As Portas de Brandemburgo serão iluminadas para assinalar o aniversário.
O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, discursará num evento comemorativo organizado pelo Governo Federal no parlamento alemão (Bundestag).
O senado de Berlim decidiu não convidar nenhum representante estrangeiro para os eventos comemorativos oficiais do país, nem da Rússia, nem da Ucrânia ou de outros Estados sucessores da União Soviética.
O Exército Vermelho, que libertou Berlim do nacional-socialismo, incluía soldados de muitos grupos étnicos e de todas as antigas repúblicas da União Soviética.
Há já algum tempo que se discute na Alemanha a forma de lidar com a possível participação de representantes russos na comemoração do fim da guerra. Embora oficialmente não seja bem-vindo, o embaixador russo em Berlim, Sergei Nechayev, apareceu recentemente várias vezes em eventos comemorativos, por exemplo, nas Colinas de Seelow e em Torgau, na Saxónia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha anteriormente aconselhado os Estados federados, as autoridades locais e os locais de homenagem a não permitirem a presença de representantes oficiais russos.
A principal razão foi o receio de que a Rússia pudesse “instrumentalizar estes eventos e associá-los indevidamente à sua guerra de agressão contra a Ucrânia”, segundo a diplomacia alemã.
A Segunda Guerra Mundial na Europa terminou em 1945 com a rendição da Wehrmacht alemã (o nome das forças combinadas do exército, marinha e força aérea do Terceiro Reich), com a assinatura de um documento na noite de 08 para 09 de maio.
Na ocasião estiveram presentes as potências vencedoras – Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética – no edifício que é agora o Museu Berlin-Karlshorst, um símbolo do fim do conflito mundial e do período pós-guerra na Europa.
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