Hardouin depôs "como vítima" a 18 de abril perante investigadores da Brigada para a Supressão do Crime Contra as Pessoas (BRDP), no âmbito da investigação preliminar da procuradoria de Paris por "assédio sexual e moral" contra Le Graët.

No final dessa audiência, Hardouin denunciou o homem, que foi o principal dirigente do futebol francês até ao final de fevereiro, por assédio moral e sexual, disse a advogada Margaux Matthieu.

Florence Hardouin vai depor novamente, em princípio, "no final da investigação para evocar com mais detalhes as disfunções da FFF e a responsabilidade dos seus dirigentes", acrescentou a advogada, que não quis fazer mais comentários.

No cargo desde 2013, Hardouin foi suspensa provisoriamente por uma falta grave, em 11 de janeiro, no final de um comité executivo.

"Ela foi demitida por motivos completamente falsos, principalmente pelo facto de não ter implementado as ferramentas para combater o assédio sexual dentro da FFF", tinha indicado a advogada no final de março.

No final desse mês, a ex-dirigente da federação, de 56 anos, recorreu ao tribunal para "obter a anulação da sua demissão, assim como a indemnização para reparar os danos".