O médio marcou a grande penalidade, quando o resultado já estava 2-0, mas viu ser-lhe o lance por ter escorregado e dado dois toques na bola, com o árbitro Manuel Oliveira a recorrer ao vídeoárbitro.

Felipe, de cabeça, fez o 1-0 aos dois minutos e Herrera fechou a contagem aos 62, aproveitando uma autêntica "oferta" do guarda-redes axadrezado.

Com esta vitória, os "dragões" seguraram a liderança do campeonato com 70 pontos, mais dois do que o segundo classificado, o Benfica, e mais oito do que o terceiro, o Sporting, que só joga no domingo.

Os "dragões" tiveram uma entrada auspiciosa, pois marcaram logo ao segundo minuto, por Felipe, que aproveitou um bom cruzamento de Sérgio Oliveira e, entre a defesa boavisteira e sem oposição, cabeceou sem hipótese para Vagner.

O golo surgiu após um início forte do FC Porto, que pressionou alto e muito e, com isso, manteve o Boavista confinado ao seu meio-campo e concentrado apenas nas tarefas defensivas.

A sensação com que se ficou foi que os portistas queriam resolver rapidamente o encontro e, também, apagar quanto antes todos os vestígios que ainda pudessem existir do desaire sofrido na ronda anterior, com o Paços de Ferreira (1-0).

Além disso, o Benfica tinha acabado de ganhar em Santa Maria da Feira, ao Feirense (0-2), o que significava que o FC Porto estava também obrigado a ganhar, para não perder a liderança do campeonato.

Com este cenário pela frente, os "dragões" procuraram marcar cedo, o que conseguiram, e depois dilatar a sua vantagem, o que falharam, sendo certo que Felipe quase bisou aos 14 minutos, com mais um cabeceamento que não deu golo porque Vagner conseguiu desviar a bola para canto.

Depois desse segundo lance do central brasileiro, o FC Porto, porém, perdeu fulgor e intensidade a meio-campo e o Boavista começou então a respirar melhor, a ter mais bola e a conseguir soltar-se e sair para o ataque, ainda que sem incomodar Casillas.

David Simão lesionou-se aos 31 minutos e foi substituído por Vítor Bruno, que aos 40 minutos viu o árbitro exibir-lhe o cartão vermelho direto por uma entrada descuidada sobre Sérgio Oliveira e, após consultar o vídeoárbitro, voltar atrás atras e ficar-se por um amarelo.

A segunda parte começou com um remate de Herrera na área boavisteira para as mãos de Vagner, depois seguiu-se o melhor período do Boavista neste jogo, que sem medo e com um futebol afoito esteve muito perto do empate aos 55 e aos 57 minutos.

Sérgio Oliveira teve uma intervenção salvadora no primeiro daqueles lances e no segundo Casillas evitou o golo com uma grande intervenção.

A partir daí, o FC Porto acelerou, e reassumiu o controlo do jogo, que o Boavista reivindicou durante alguns minutos, e Herrera aproveitou um passe negligente de Vagner para fazer o 2-0 e dar outra tranquilidade à equipa portista.

Aos 69 minutos, o árbitro assinalou grande penalidade contra o Boavista. Tal como Sérgio Conceição tinha dito, Sérgio Oliveira encarregou-se de bater falta e, apesar de ter escorregado, marcou e festejou muito, nomeadamente com o seu treinador.

O árbitro recorreu ao vídeoárbitro e anulou o lance, em que Sérgio Oliveira, quando escorrega, parece dar dois toques na bola, no momento em que remata.

Daí até ao fim, o jogo perdeu interesse e o Boavista também perdeu capacidade de reagir e de questionar a vantagem portista.

Os ‘axadrezados’ ainda ficaran sem Yusupa, por lesão, e o FC Porto, que fez uma exibição quanto baste, limitou-se a gerir o resultado, justificado sobretudo pela sua maior eficácia finalizadora.


Última atualização às 23:17