“Chegámos ao destino final do caminho? Não, ainda falta e temos muito a percorrer, mas cada vez mais fazemos isso de um modo mais estável, sustentável e competitivo. Vamos manter o rumo e a estratégia na vitória ou na derrota, até porque no desporto ganha-se e perde-se, mas temos de ter cultura desportiva. Por vezes, fazemos tudo corretamente e não ganhamos”, expressou o dirigente, durante a 40.ª edição da Gala Rugidos de Leão.
Perante uma plateia de mais de 1.500 sportinguistas, Frederico Varandas assegurou que os ‘leões’ “continuam a avançar de forma confiante”, apesar de chegarem à paragem da I Liga para o Mundial2022 na quarta posição, com 25 pontos, a 12 do líder invicto Benfica.
“Temos de ser sempre exigentes e melhorar o nosso processo de trabalho e as variáveis que controlamos, mas não podemos mudar de rumo por qualquer vitória ou derrota. Uma das provas de maturidade e crescimento do clube é a forma como reagimos a uma fase menos boa. O Sporting continua hoje a avançar de forma segura e confiante”, reforçou.
Além do atraso pontual na I Liga ao fim de 13 rondas, os vice-campeões nacionais foram arredados da terceira eliminatória da Taça de Portugal pelo Varzim, da Liga 3, e falharam o segundo acesso seguido aos oitavos de final da Liga dos Campeões, sendo relegados para o ‘play-off’ da Liga Europa, no qual vão defrontar os dinamarqueses do Midtjylland.
“Sorrio quando oiço dizer que esta estratégia é pouco ambiciosa e exigente e que damos preferência à vertente financeira. Como deve ser difícil para esses verem que, para além do crescimento do clube em todas as vertentes, é preciso recuar décadas para encontrar um mandato tão vencedor como estes últimos quatro anos. Uma das maiores alegrias é ver esta geração de miúdos com 10 anos a crescerem com um Sporting mais vitorioso e competitivo do que quando eu tinha essa idade. Continuaremos a caminhar”, completou.
Reconduzido para um segundo mandato em 06 de março, com 85,8% dos votos, à frente de Ricardo Oliveira e Nuno Sousa, Frederico Varandas frisou na Gala Rugidos de Leão, organizada pelo Museu do Sporting em Leiria, ter chegado à presidência para “investir de forma transversal como não se fazia há décadas”, buscando “garantir o futuro” do clube.
Realizado desde 1981, o evento foi cancelado nos últimos dois anos devido à pandemia de covid-19, para agora regressar com 20 prémios, destinando quatro ao plantel principal de futebol, que em 2020/21 arrebatou o 19.º título de campeão nacional, 19 anos depois.
Além do defesa e capitão uruguaio Sebastian Coates e do médio internacional português Pedro Gonçalves, melhor marcador do campeonato nessa época, com 23 golos, foram reconhecidos o treinador Rúben Amorim e o diretor desportivo e ex-jogador Hugo Viana.
A gala prestou ainda homenagem a Francisco Salgado Zenha e Miguel Afonso (Dirigente do ano), Rita Dias (Funcionária), Pedro Oliveira (Academia), Henrique Salgado e Dolores Aveiro, mãe do atual capitão da seleção portuguesa e antigo avançado ‘leonino’ Cristiano Ronaldo (Sócios), e o Grupo Carioca Leonino Amigos do Sporting no Brasil (Dedicação).
A treinadora Mariana Cabral (futebol feminino) e os atletas Guitta e Pany Varela (futsal), Auriol Dongmo e João Vieira (atletismo), Gonzalo Romero e José Diogo Macedo (hóquei em patins), Diogo Ventura (basquetebol) e Teresa Bonvalot (surf) completaram o lote de personalidades do emblema lisboeta galardoadas na 40.ª edição dos Rugidos de Leão.
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