No dia 8 de fevereiro de 1972 nascia o futuro sócio número 10.668 do Sporting Clube de Portugal. Pedro, o miúdo, passou três anos da sua juventude, dos 11 aos 14, a correr de leão ao peito, primeiro na lateral-direita da defesa, depois no centro do ataque. A foto de capa do seu perfil pessoal na rede social Facebook, a preto e branco, é um pequeno retrato desses tempos. Vários miúdos, alegres, a festejar um golo.

Mas era fora das quatro linhas, diante de outros números que não os do placard de resultados, que Madeira Rodrigues viria a fazer carreira. Em Lisboa licenciou-se em Gestão e Administração pela Universidade Técnica de Lisboa, e mais tarde tirou um MBA (Masters in Business and Administration) na Universidade Nova de Lisboa. Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos da América, completaria a sua formação na Harvard Business School onde frequentou um Programa para o Desenvolvimento e Liderança.

De volta a terras lusas, Pedro Madeira Rodrigues ganharia nome no setor governativo. Primeiro como chefe de gabinete do ministro da Economia (cruzou-se com Carlos Tavares da Silva, no governo de Durão Barroso, depois com Álvaro Barreto durante o executivo de Pedro Santana Lopes), entre 2002 e 2005.

Seguiu-se, mais tarde, o cargo de secretário-geral da Câmara do Comércio e da Indústria Portuguesa, que ocupou durante 11 anos, deixando-o apenas para se candidatar às eleições à presidência do Sporting Clube de Portugal.

No entanto, esta não foi a primeira vez que o atual candidato viu o seu nome associado ao clube do seu coração. Há seis anos, em 2011, nas eleições leoninas, era vogal na lista de Pedro Baltazar, que acabaria por ser a quarta mais votada, entre cinco candidaturas.

No ano seguinte, Pedro Madeira Rodrigues apresenta o musical da sua autoria “1906 - O Nosso Grande Amor” no Teatro Tivoli, em Lisboa, sobre os 106 anos de história do clube de Alvalade. Um feito que lhe valeu, em 2013, um prémio Stromp, uma das distinções mais elevadas dentro do universo leonino

Sob o lema “Sempre na Frente”, o candidato ‘bonzinho’ elevou o tom e viveu os últimos meses de campanha numa troca de acusações com o atual homem forte de Alvalade, Bruno de Carvalho.

Com os regressos dos antigos campeões Delfim e Bolöni como vantagens, Madeira Rodrigues centrou as apresentações no seu tão anunciado trunfo: o seu treinador. A 4 dias da eleição apresentou Juande Ramos ao mesmo tempo que adensava o discurso contra a ‘tríade’ Bruno de Carvalho, Jorge Jesus e José Maria Ricciardi.

Diz-se habituado a ganhar, diz que na cabeça não tem nada que não um cenário de vitória no sábado movida pela ‘sua’ “maioria silenciosa”.

É este o retrato do homem que no domingo quer acordar com o título de Presidente do Sporting Clube de Portugal.