A pedido do Ministério Público de Milão, foram realizadas buscas na sede do atual campeão italiano, que informou ter entregado a “documentação necessária” sobre as transferências de determinados jogadores, não especificados, durante as temporadas de 2017/18 e 2018/19.

Em causa está a verificação da “regularidade no reconhecimento das mais-valias” geradas com essas vendas, estimadas em 100 milhões de euros, com o Inter Milão a assegurar que “os balanços do clube são elaborados com os princípios contabilísticos mais rigorosos”.

A brigada financeira da polícia italiana também esteve em ação na sede da Liga italiana de futebol, igualmente localizada em Milão, com a agência de notícias italiana Ansa a avançar que são 10 as vendas de jogadores que estão sob suspeita.

Estas diligências acontecem pouco menos de um mês depois de a Juventus ter sido também alvo de buscas, numa investigação semelhante das autoridades transalpinas que visou, entre outros negócios, a transferência do ‘astro’ português Cristiano Ronaldo para o Manchester United no último verão.

No caso do clube de Turim, as mais-valias resultantes destas transferências ‘cruzadas’, chamadas de “trocas falsas”, entre dois clubes, são estimadas em 282 milhões de euros, e vários dos seus dirigentes, incluindo o presidente Andrea Agnelli, estão sob a mira das autoridades.

Esta jogada contabilística permite que os dois clubes que vendem jogadores entre si, sem desembolsarem grandes somas de dinheiro, possam reconhecer contabilisticamente ganhos de capital e melhorar o desempenho financeiro das sociedades desportivas.

A federação italiana, que recentemente lançou a sua própria investigação sobre o tema dos ganhos de capital, está a considerar tomar medidas para tentar limitar os abusos.

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