No Estádio Olímpico de Oran, Coelho, de 27 anos, correu a distância em 45,41, novo recorde pessoal, batendo o marroquino Hamza Dair, segundo com 45,65, e o argelino Abdennour Bendjemaa, terceiro com 46,06.
Leandro Ramos, da mesma idade, lançou o dardo a 82,23 metros, batendo o egípcio Ihab Abdelrahman, cujo melhor lançamento foi de 78,51 metros, e o francês Felise Vahai-Sosaia, com 72,83 metros.
Cátia Azevedo, por seu lado, fez os 400 metros em 51,24 segundos, melhor marca pessoal do ano, e bateu a eslovena Anita Horvat, segunda, e a italiana Virginia Troiani, terceira.
“O ouro estava nos meus planos, muito porque vou para o Mundial e queria ir com as melhores sensações e vou, com o coração cheio. E é sempre bom honrar a nossa nação”, declarou a atleta do Sporting, de 28 anos.
Apesar do resultado, admitiu querer “mais”. “Esta marca é muito boa, se fosse feita no ano passado era de qualificação para os Jogos Olímpicos”, referiu.
Uma marca “bastante boa”, a melhor da temporada a título pessoal, “faz sentir que vem aí mais”.
E o que é mais para a atleta do Sporting? “O recorde nacional”, fixado pela própria em 2021 nos 50,59, disse, sem pestanejar.
“Foi ótimo. Gostei muito de correr aqui. Estava um ambiente extraordinário, com tanta gente. É inacreditável tanta gente a ver atletismo e fiquei muito contente por correr ao meu melhor nível, com recorde pessoal, e pela medalha”, descreveu João Coelho, já depois de subir ao pódio no Estádio Olímpico de Oran.
Chegar a um novo máximo pessoal “significa muito”, disse, “porque é todo o trabalho a ser recompensado, é incrível”.
A equipa portuguesa foi hoje ‘brindada’ com muito apoio das bancadas, que imitavam o festejo de Ronaldo e o grito do ‘Si!’ que o futebolista popularizou, mas também com outros atletas da missão a gritarem durante os pódios, a cantarem o hino e a mostrarem o “muito apoio” que têm para dar.
“É muito bom este espírito de equipa”, reforçou João Coelho.
Um dos homens a puxar pelo público foi Ramos, que fez uma ‘acrobacia’ no último salto, já com o ouro confirmado, depois de lançar quase quatro metros mais longe do que toda a concorrência.
Levantou os braços para o público e, por mais que uma vez, ‘saboreou’ a antecipação audível da bancada para, depois, imitar o ‘capitão’ da seleção portuguesa de futebol, uma constante por estes dias em Oran para qualquer atleta ou membro da comitiva nacional, para grande ovação e entusiasmo nas bancadas, repletas com pelo menos 20 mil pessoas.
“É sempre muito bom festejar assim”, admitiu.
De ‘malas aviadas’ para Eugene, nos Estados Unidos, para os Mundiais de atletismo, de 15 a 24 de julho, o lançador admitiu que quer “passar à final” nessa competição. Depois, “tudo é possível lá dentro”.
Portugal tem agora 18 medalhas na prova, somando os ouros de Leandro Ramos, João Coelho, Cátia Azevedo, Diogo Ribeiro, Camila Rebelo e Rafael Reis, à prata de Ana Catarina Monteiro, Diogo Ribeiro, Daniela Campos, Jieni Shao, Lorène Bazolo, Liliana Cá e da equipa masculina de ténis de mesa, e os bronzes de Evelise Veiga, Filipa Martins, Tiago Pereira, João Geraldo e da equipa feminina do ténis de mesa.
Os Jogos do Mediterrâneo Oran2022 arrancaram em 25 de junho e decorrem até 06 de julho, com mais de três mil atletas de 26 países diferentes, incluindo 159 portugueses em 20 disciplinas.
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