O treinador português Jorge Jesus assinou um contrato de um ano, mais outro de opção, com os campeões sauditas do Al Hilal, confirmou o clube asiático na sua conta oficial no Twitter.

“O presidente da direção do Al Hilal, Sami Bin Abdullah Al-Jaber, assinou um contrato com o treinador português Jorge Jesus para liderar a equipa técnica do Al Hilal por um ano, com outro de opção”, anunciou o clube saudita.

Ainda segundo o Al Hilal, o contrato “foi assinado numa cerimónia que teve lugar em Zurique, na Suíça”.

O clube saudita já havia, antes dado as “boas-vindas” a Jorge Jesus, num vídeo também colocado no Twitter.

Ainda na sua conta no Twitter, o Al Hilal aponta Jesus como o “novo treinador da equipa principal” do clube, desejando-lhe “o melhor” e frisando que o técnico luso é “Hilali”.

O currículo do técnico também é apresentado, com os seus 10 títulos pelo Benfica, a Taça Intertoto pelo Sporting de Braga e os dois troféus nos ‘leões’.

De acordo com o clube saudita, os jogadores entraram hoje de férias, que duram até 29 de junho, com o regresso a realizar-se no dia seguinte. A 01 de julho, começam os trabalhos de campo, até 23, em Salzburgo, na Áustria.

O Al Hilal sagrou-se campeão saudita em 2017/18, ao acabar a prova com 55 pontos, contra 54 do Al Ahli.

Antes de chegar a Alvalade, Jorge Jesus representou o Benfica e passou por clubes como o Braga, Belenenses, União de Leiria, Moreirense, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Estrela da Amadora, União da Madeira, Felgueiras e Amora.

Depois das rescisões de Rui Patrício e Podence, a saída do treinador fragiliza o clube que se vê a braços com uma crise que parece não ter fim à vista e que se iniciou no dia 15 de maio, quando cerca de 40 pessoas encapuzadas invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns jogadores e elementos da equipa técnica.

A GNR deteve 23 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva depois de terem sido ouvidos no tribunal de instrução criminal do Barreiro.

Paralelamente, no âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol, tendo como objetivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o 'team manager' do clube, André Geraldes.

Na sequência destes acontecimentos, os elementos da Mesa da Assembleia Geral (MAG), a maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.

De seguida, realizaram-se duas reuniões da MAG e membros do CFD com a direção, que culminaram com a decisão anunciada por Jaime Marta Soares de marcar uma Assembleia Geral para votar a destituição do órgão liderado por Bruno de Carvalho, agendada para 23 de junho, tendo ainda sido criada uma comissão de fiscalização para o CFD.

Entretanto, o Conselho Diretivo (CD) do Sporting decidiu por seu lado substituir a MAG e respetivo presidente através da criação de uma comissão transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma Assembleia Geral Ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, aprovação de duas alterações estatutárias e análise da situação do clube e prestação de esclarecimentos aos sócios e convocar uma Assembleia Geral Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho. O braço de ferro entre as diferentes entidades prossegue.

(Notícia atualizada às 08h48 de 6/6/2018)