O técnico, ex-Desportivo de Chaves, foi hoje apresentado em Braga e foi ambicioso: “não tenho coragem de estar neste lugar, em terceiro, e dizer que vou lutar pelo quarto lugar”, disse.
“Queremos manter esta posição e há um objetivo pontual que definimos, equipa técnica e jogadores, que é 65 pontos”, reforçou.
Para Jorge Simão, de 40 anos, o “Braga é quarto grande e pensar assim é o objetivo mínimo”.
“Tenho ouvido dizer que a ideia é reduzir a distância para os grandes, isso é o quê? No ano passado ficou a 15 pontos do terceiro e este ano ficar a 14 é bom? Não me parece, a ideia é reforçar o estatuto de quarto grande, podendo intrometer-se aqui e acolá na luta pelo pódio. Na próxima época logo se verá, mas não andará longe disto”, disse.
O treinador lembrou que, há dois anos, estava na II B: “é uma coisa inacreditável para muita gente, mas não para mim, eu sou muito do que posso fazer”.
Jorge Simão lembrou o clube flaviense e deixou uma palavra de apreço pelo que o Abel [Ferreira] conseguiu fazer nestes dias.
“Conquistou uma vitória importante para o clube, não só os três pontos, mas a forma como os conseguiu”, afirmou.
O técnico assumiu que a sua filosofia sobre o futebol de alto rendimento “é resultados”.
“Se cheguei aqui é porque apresentei resultados. Não gosto de rótulos, o que quero é ganhar, a forma para o fazer é que pode variar. Quando tiver a bola quero a equipa a ser acutilante para ferir o adversário e quando não tiver a ser acutilante para tirar a bola, é só isto”, frisou.
O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, dirigiu-se em primeiro lugar ao anterior treinador, José Peseiro, destacando-lhe as “qualidades humanas e profissionais” e frisando que o escolheu em junho “de forma racional e convicta”.
“Lidou com um conjunto de circunstâncias inusitadas, que criaram um ambiente adverso, que impedia a equipa expressasse toda a sua qualidade e percebemos que este desfecho era inevitável”, disse.
Sobre Jorge Simão, disse que o Braga contratou “um treinador que personifica os valores do Braga: jovem, ambicioso, inconformado, exigente e vencedor, um treinador que, à imagem, deste clube, construiu a sua ascensão sem benesses, mas só com base no trabalho, dedicação, esforço e competência”.
O Sporting de Braga e José Peseiro rescindiram na sexta-feira o contrato que os unia por mais uma temporada e meia.
O desenlace do ‘divórcio’ deu-se após a eliminação da Taça de Portugal, quarta-feira, pelo Sporting da Covilhã, da II Liga (derrota caseira por 2-1).
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