"Prefiro jogar o jogo e ter a possibilidade de o ganhar, mas se chegarmos ao final com 0-0, certamente não vou ficar chateado", explicitou o técnico 'axadrezado', na antevisão do encontro entre as duas equipas.

Jorge Simão estreou-se como técnico do Boavista com uma vitória caseira diante do Benfica (2-1), em 16 de setembro de 2017, e agora, a esse respeito, afirmou que não sabe se a história se pode repetir, mas "há tradições que se constroem".

O técnico considerou que "o jogo de amanhã não tem nada ver com o do ano passado", e a sua convicção é a de que "a equipa que ganha o jogo anterior estará mais perto de ganhar o seguinte".

"Por isso, foi importante para nós ganhar o jogo anterior porque nos permite estarmos também um pouco mais confortáveis para abordar o jogo seguinte, que neste caso é contra o Benfica", completou.

O Boavista venceu fora o Portimonense na primeira jornada (0-2) e o Benfica impôs-se em casa ao Guimarães (3-2).

"O que espero é o que espero em todos os jogos, que é ganhar, e, se não for possível, somar um ponto. Por reconhecer favoritismo ao adversário, não invalida que não possa estar convicto de podermos somar pontos", afirmou.

Jorge Simão disse que, na véspera do embate com os ‘encarnados’ na temporada passada, o "cenário era de extrema dificuldade".

"Hoje já me sinto muito mais confortável, porque há um trabalho prévio e a equipa vem sendo preparada numa determinada linha. Vamos estar mais próximos daquilo que são as nossas ideias e isso, nós, controlamos, mas não controlamos a força com que o adversário se nos vai opor, que é grande", analisou.

Sem ser interpelado, o treinador falou do "peso motivacional" que o Benfica poderá levar para esta partida por ter dado um passo em frente na Liga dos Campeões, eliminando o Fenerbahçe, alegando que "uma equipa daquelas estará perfeitamente preparada para fazer o jogo seguinte fosse qual fosse o resultado" dessa eliminatória.

Jorge Simão deteve-se depois na sua equipa, afirmando que tem "quatro jogadores novos e que não é fácil integrá-los".

"É uma mudança significativa no nosso ‘onze’ base. O Helton Leite e o Neris e o Rafael Silva estão em Portugal há seis semanas e a entrar num estilo de jogo e num tipo de treino que é completamente diferentes do que estavam habituados no Brasil. E são profissionais há muito tempo", sustentou

O treinador não crê que o Benfica chegue ansioso a este encontro ou acuse alguma fadiga, por ter jogado terça-feira passada para a Liga dos Campeões, referindo que "dados científicos suportam que jogando ao terceiro dia, fisiologicamente, os jogadores estão perfeitamente recuperados".

O que Jorge Simão admitiu é a necessidade de introduzir nuances táticas na sua equipa, uma vez que "o Benfica, tal como na maior parte dos jogos, será mais dominante" e isso forçará o Boavista a recorrer mais vezes à sua organização defensiva".

Por razões clínicas, o Boavista não poderá contar com os atacantes Yusupha e Matheus Índio, nem com os médios Gabriel Nunes e Obiora.

O Boavista mede forças com o Benfica, sábado, às 19:00, no Estádio do Bessa, no Porto, num jogo da segunda ronda da I Liga portuguesa de futebol.