“O que o Benfica fez foi descontar, conforme estava prometido, desse contrato [com a NOS] os primeiros 100 milhões de euros. Penso que até fim do mês, primeira semana de abril, estarão liquidados os 100 milhões a uma instituição financeira em Portugal. O Benfica irá libertar todas as garantias que existiam dentro desta instituição, inclusive o Estádio da Luz passará a ser do grupo Benfica sem nenhuma hipoteca”, apontou.
O presidente benfiquista falava num jantar com sócios e adeptos, na Praia da Vitória, nos Açores, depois de ter inaugurado a sede da Casa do Benfica da Ilha Terceira.
Segundo Luís Filipe Vieira, se no plano desportivo o projeto do Benfica assenta em “bons resultados e numa aposta clara na formação”, no plano empresarial “assenta no rigor, no equilíbrio financeiro e numa forte aposta em infraestruturas que prepare o clube para as próximas décadas”.
“Somos um clube totalmente livre e autónomo. Não estamos intervencionados pela UEFA, nem vivemos da boa vontade de créditos de última hora da banca”, frisou Vieira, aludindo aos rivais FC Porto e Sporting.
Assumindo a conquista da I Liga pela quinta vez seguida como um dos objetivos de 2018, o presidente do Benfica pediu apoio aos adeptos e garantiu que não falta união no clube.
“Vamos criar uma verdadeira onda vermelha nestas finais que faltam. A hora é de mobilização e de dar tudo, mas tudo, à Benfica, rumo ao penta”, apelou.
Os tetracampeões nacionais ocupam a segunda posição da I Liga, com 68 pontos, menos dois do que o líder FC Porto, quando faltam sete jogos para o fim do campeonato.
Luís Filipe Vieira assegurou ainda que “nada, nem ninguém” fará o Benfica desviar-se da rota, frisando que “todas as vitórias foram conquistadas de forma digna e limpa” e que isso é reconhecido por “todos os treinadores e atletas adversários”.
“Somos o maior clube português e não contribuiremos que para a destruição que se está a fazer desta fantástica indústria chamada futebol”, sublinhou.
O dirigente enumerou os vários projetos que tem para o clube, como o alargamento do centro de estágios no Seixal, do colégio internacional, do Centro de Alto Rendimento, da casa do atleta, da Rádio Benfica e do reforço da estratégia da internacionalização da marca, destacando a importância da aposta na formação.
“Para quem pensava que era impossível voltarmos anos atrás, construirmos um Benfica à Benfica, com jogadores feitos no Benfica, garanto que vamos ser capazes de o fazer”, salientou, acrescentando que na próxima temporada pelo menos sete jogadores do plantel serão formados no clube.
Comentários