Sabina Frederin, ministra da Segurança do país, afirmou que o primeiro responsável pela operação de segurança é do município de Buenos Aires, liderado por Horácio Rodriguez Larreta, um opositor do governo liderado por Alberto Fernández.
Diego Santilli, vice-alcaide da capital argentina, referiu que a organização do velório de Maradona, falecido na quarta-feira, aos 60 anos, estava a cargo da presidência do país e garantiu que foi constituído um comando unificado de segurança, liderado por forças federais e que contou com a colaboração da polícia da cidade.
A ministra da Segurança garantiu que foi a polícia local que ordenou o encerramento da fila de acesso ao local onde decorria o velório, enquanto Santilli assegurou que essa foi uma decisão do governo nacional, “que, de imediato, deu origem a distúrbios”.
Na quinta-feira, o velório de Maradona terminou com confrontos entre a polícia e adeptos, que causaram ferimentos em 11 polícias e um civil e originaram 13 detenções.
Vários adeptos invadiram a Casa Rosada, palácio do governo, onde estava o corpo de Maradona em câmara ardente, com o caixão a ter de ser retirado, ficando sob proteção de militares.
A polícia foi obrigada a utilizar balas de borracha, bombas de gás lacrimogéneo e jatos de água para afastar a multidão, com a família de Maradona a decidir terminar o velório e iniciar o cortejo para o cemitério.
Os adeptos forçaram uma das portas de entrada, derrubando os seguranças, além de saltarem as grades que protegem a sede do governo. Apesar da intervenção das autoridades, cerca de 200 pessoas entraram no local.
Estes incidentes aconteceram depois de a família de Maradona ter decidido alargar o horário do velório por mais três horas, para permitir que mais pessoas pudessem prestar a última homenagem a 'El Pibe' e terminar com a confusão em redor da Casa Rosada.
Os adeptos que iriam ficar fora da homenagem acabaram por reagir com violência, atirando pedras e garrafas contra as autoridades, que responderam com balas de borracha e gás lacrimogéneo.
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