“Foi aberta uma investigação porque se trata de uma pessoa que morreu em casa e não foi assinada a certidão de óbito. Isto não significa que existam suspeitas de irregularidades”, disse fonte judicial à agência noticiosa francesa, sob anonimato.
O agente e advogado Matías Morla, que tornou pública na quarta-feira a morte de Maradona, aos 60 anos, denunciou que o ex-futebolista internacional argentino não recebeu assistência médica adequada e disse que iria exigir uma “investigação até às últimas consequências”.
“É inexplicável que durante 12 horas o meu amigo [Maradona] não tenha tido a atenção médica que devia, em função do seu estado de saúde. A ambulância demorou mais de meia hora a chegar, o que é uma idiotice criminosa”, escreveu Matías Morla na sua conta na rede social Twitter.
A mesma fonte judicial disse à AFP que nem Morla, nem qualquer elemento da família de Maradona apresentaram queixa formal, ainda que um familiar do antigo jogador, considerado um dos melhores da história do desporto, tenha dito à agência noticiosa francesa que “existem irregularidades”.
"É preciso determinar se fizeram o que deviam ou não. A enfermeira [que assistia Maradona em casa] fez uma declaração ao procurador no dia em que Diego morreu e depois mudou-a, para, finalmente, ir à televisão afirmar que o que declarou lhe tinha sido imposto. Portanto, existem aqui contradições”, observou o mesmo familiar, também sob anonimato.
Segundo a imprensa argentina, Maradona, que treinava os argentinos do Gimnasia de La Plata, sofreu uma paragem cardíaca na sua vivenda em Tigre, na província de Buenos Aires.
A carreira de futebolista, de 1976 a 1997, ficou marcada pela conquista, pela Argentina, do Mundial de 1986, no México, e os dois títulos italianos e a Taça UEFA vencidos ao serviço dos italianos do Nápoles.
O Presidente argentino, Alberto Fernández, decretou três dias de luto nacional pela morte de Maradona, cujo velório e funeral, marcados por alguns tumultos, se realizaram na quinta-feira, em Buenos Aires.
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