“É com grande tristeza que anunciamos a morte do nosso querido George Edward Foreman Sr., que faleceu pacificamente a 21 de março de 2025, rodeado pelos seus entes queridos”, escreveu a família num comunicado.

“Humanista, atleta olímpico, bicampeão mundial, era muito respeitado. Era uma força do bem, um homem de disciplina e convicção, um protetor do seu património, que lutou incansavelmente para preservar o seu nome, para a sua família”, acrescentou a mesma fonte.

Com um metro e 91, Foreman, um completo desconhecido, foi campeão olímpico com apenas 19 anos, ao derrotar o então soviético Jonas Cepulis na final dos Jogos Olímpicos do México, em 1968, em apenas dois assaltos.

Conhecido pela força sobre-humana, tornou-se campeão do mundo pela primeira vez em 1973.

O pugilista, oriundo de um bairro negro desfavorecido de Houston, foi derrotado por Muhammad Ali (1942-2016) em 30 de outubro de 1974, num mítico combate em Kinshasa, perante cerca de 100 mil espetadores, vencido pela resistência, tática e astúcia do adversário, que tinha o apoio do público.

O confronto ficou conhecido como um dos maiores combates da história do boxe, pelo nível e ferocidade. Marcou o renascimento de Muhammad Ali, então com 32 anos.

Na rede social X, outra estrela dos pesos pesados, Mike Tyson, enviou as “condolências à família”. “A sua contribuição para o boxe, e não só, nunca será esquecida”, referiu.

Também o promotor Bob Arum prestou homenagem a Foreman, “um dos maiores pugilistas e personalidades do desporto”.

Foreman pendurou as luvas aos 28 anos, dedicando-se à religião, antes de regressar aos ringues dez anos mais tarde.

Depois de falhar por duas vezes a conquista de outro título, voltou a ser campeão mundial em 1994, aos 45 anos, contra Michael Moorer, antes de se retirar definitivamente em 1997, aos 48 anos, com 76 vitórias e cinco derrotas.

A terceira aposta profissional foi na área de negócios, aproveitando a própria imagem para se associar a marcas, que lhe renderam mais do que toda a carreira de pugilista.