O Sambo, arte marcial de origem soviética, ultrapassou barreiras políticas e diplomáticas e juntou, em 2023, debaixo da mesa bandeira, a Rússia, a Bielorrússia e a França.
Os três países competem no mundial de Sambo com estatuto neutral e independente em representação da Federação Internacional de Sambo (FIAS).
Os atletas russos e os vizinhos bielorussos abraçam a bandeira da FIAS por questões políticas, enquanto os franceses, em desavenças com a federação gaulesa, juntam-se aos dois países do Leste para formar uma equipa no campeonato do mundo de SAMBO (transmitido no Eurosport) a decorrer em Erevan, capital da Arménia.
Depois de três anos de ausência, a Ucrânia regressa ao mundial de SAMBO. Em competição surge ainda uma seleção de atletas refugiados, enquanto a Turquia e o Azerbaijão não compareceram por questões políticas.
No complexo desportivo de Karen Demirchan, na capital arménia, mais de 600 atletas de 65 nações lutam pelas medalhas em 21 categorias de peso e duas modalidades: SAMBO e SAMBO combate. Os atletas da Rússia, nação mais medalhada em edições anteriores, partem com favoritos à conquista dos lugares no pódio. Enfrentam a concorrência de Bielorrússia, Arménia, Ucrânia, Quirguistão e Turquemenistão.
SAMBO é a Abreviatura das palavras “samozashchita bez oruzhiya”, que, na tradução do russo, significa “autodefesa sem armas”. Inicialmente reservada às forças de de segurança do Estado, alargou o leque e estendeu-se à sociedade civil e à comunidade desportiva. Enquanto modalidade cumpre o 85.º aniversário.
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