O tetracampeão e líder do campeonato do mundo, que procura o quinto triunfo na prova lusa, instalou-se no primeiro lugar após um toque do estónio e companheiro de equipa Ott Tänak, na 12.ª classificativa.

Ogier, que hoje foi o mais rápido em três troços cronometrados, detém 16,8 segundos sobre Neuville (Hyundai i20), terceiro do Mundial, que venceu duas classificativas, enquanto o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) segue no terceiro posto, a 51,3.

Miguel Campos domina entre portugueses

A luta por ser o melhor português é sempre um campeonato à parte dentro de uma prova como o Rali de Portugal. Sem pilotos ao volante de carros do WRC, o equilíbrio é maior, em especial entre os que competem ao volante dos da categoria R5. Pilotos como Miguel Campos (Skoda Fabia R5), Pedro Meireles (Skoda Fabia R5) e Joaquim Alves (Ford Fiesta R5) estão na luta por ser o melhor português, no domingo na chegada a Matosinhos.

Miguel Campos, a comemorar 25 anos de carreira nos ralis, tem sido, de forma consistente, o melhor entre o pelotão nacional, desde a primeira classificativa, a superespecial em Lousada.

O piloto de Famalicão, campeão em 2002, está a realizar o seu primeiro rali esta temporada, e não esconde sentir "alguma falta de ritmo, em comparação com os pilotos mais rápidos que competem regularmente". Com o passar das classificativas, Miguel Campos diz sentir-se "mais à vontade" e dentro dos seus objetivos iniciais, que passam por "ser o melhor português".

Apesar de uma vantagem de cinco minutos, que lhe dão uma margem de conforto sobre os perseguidores, Miguel Campos diz que não vai relaxar, até porque, adianta, "até final, além de ser o melhor português, o objetivo passa também por subir mais alguns lugares na classificação entre os WRC2".

Quanto ao futuro, e depois do Rali de Portugal, uma presença no Rali da Madeira está nos planos de Miguel Campos.

Na luta por ser o melhor português estão ainda Pedro Meireles e Joaquim Alves. Primeiro e segundo classificados na prova que pontuou para o nacional de ralis, e já sem a pressão dos pontos, têm agora na luta com Miguel Campos um aliciante extra até ao final do Rali de Portugal.

Pedro Meireles não rejeita a possibilidade de ainda chegar na frente, referindo que "tudo pode acontecer, num rali muito duro e imprevisível".

Joaquim Alves considera que "um segundo lugar para o nacional é algo fantástico", mas ainda não descartou a luta por ser o melhor português: "a acontecer, será de forma natural, e sem ser uma obsessão da nossa parte."

Na sua estreia no Rali de Portugal, confessa que "não esperava tantas dificuldades, nem um rali tão demolidor".

"Os WRC levantam tudo o que é pedra e há zonas que parecem mais uma prova de trial do que um rali", disse.

O Rali de Portugal termina no domingo com as últimas quatro provas especiais de classificação.

Fafe vai ser o palco das decisões da 51.ª edição do Rali de Portugal, acolhendo o quarto e último dia no domingo, a partir das 09:08, com as especiais de Fafe (11,2 km), Luílhas (11,91 km) e Montim (8,66 km), antes da segunda passagem pelo troço de Lameirinha, com o seu tradicional salto da pedra sentada, na ‘power stage’.