A decisão foi tomada "em conjunto com equipas e pilotos" e surge devido à "consternação" que afetou "sobretudo os pilotos das motas", pois o português "era uma figura querida da prova, imensamente respeitado tanto pelos veteranos como pelos menos experientes pilotos que o admiravam e se sentiam inspirados por ele", escreveu a organização, em comunicado.
A anulação da etapa, com partida e chegada em Wadi Al Dawasir, surge "para dar tempo aos pilotos de fazerem o luto" pela morte do piloto português.
A organização anunciou, ainda, uma homenagem que irá decorrer esta noite, no acampamento da prova, e que irá reunir todos os participantes.
Paulo Gonçalves era o mais veterano dos pilotos que lutava pelos lugares cimeiros, o único dos principais ‘motards’ que ainda tinha participado nas edições africanas da prova. Os restantes já se retiraram ou passaram para os automóveis.
O piloto português morreu hoje na sequência de uma queda durante a sétima de 12 etapas da 42.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, na Arábia Saudita.
De acordo com a informação da Amaury Sport Organization (ASO), o alerta foi dado às 10:08 horas locais, menos três em Lisboa.
Foi enviado de imediato um helicóptero que chegou junto do piloto às 10:16, tendo encontrado Paulo Gonçalves inconsciente e em paragem cardiorrespiratória.
"Depois de várias tentativas de reanimação no local, o piloto foi helitransportado para o hospital de Layla, onde foi confirmada a morte", referiu a organização.
Paulo Gonçalves participava no Dakar pela 13.ª vez desde 2006, ano de estreia na prova.
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