“Uma estreia que acaba por ser um bocado dura. Achava que ia estar melhor, que ia ser melhor a minha participação, mas o mais importante agora é continuar a focar-me para o próximo ciclo olímpico. Não é razão para eu ir com a cabeça abaixo. E pronto, agora é continuar a trabalhar e esperar por mais”, resumiu, em declarações à Lusa.
Na sua estreia em Jogos Olímpicos, João Costa foi sétimo na sua eliminatória, nadando em 54,90 segundos, ainda longe do seu recorde nacional de 53,71, conseguido em 2023.
“São os meus primeiros Jogos Olímpicos, mas, sim, acaba por ser duro na mesma. Pelo facto de eu ter um objetivo na cabeça – consigo pôr dois ou três ao mesmo tempo -, é mais difícil saber lidar com isso, mas faz parte”, concedeu.
Na imponente piscina da La Défense Arena, o objetivo do nadador vimaranense, de 22 anos, não era bater o seu recorde nacional na distância, mas sim “passar às meias-finais”.
“É sempre um objetivo que eu tinha em mente, mas, pronto, agora também estas coisas acontecem, não estamos sempre a 100% e este ano foi um ano muito difícil. Agora, é saber lidar com isso”, disse.
Nadando na pista 3, da terceira eliminatória, o recordista nacional dos 100 metros terminou com o 32.º tempo, a 97 centésimos de segundo do 16.º classificado e último apurado para as meias-finais.
Apesar de visível e assumidamente dececionado, João Costa levará de Paris2024 memórias inesquecíveis.
“Entrar neste estádio é incrível, e ver o estádio completamente cheio é uma experiência incrível. Apesar de a prova não ter corrido como eu achava que ia correr, só por este momento já valeu a pena”, disse.
Aos 22 anos, e a viver os seus primeiros Jogos, o vimaranense teve oportunidade de sentir um ambiente vibrante e de absorver a experiência de assistir à prova de outros nadadores de renome — pouco antes de entrar na água, a La Défense Arena quase vinha abaixo com a prova de Léon Marchand, o ‘herói da casa’ que se apurou para a final dos 400 metros estilos.
“Apesar de tudo, foi incrível, na mesma. A piscina também é incrível, de facto. É um estádio, literalmente”, concluiu.
Ana Marques Gonçalves da agência Lusa.
Comentários