O agora ex-dono do clube inglês, Mike Ashley, completou assim uma operação que tinha sido suspensa pela 'Premier League' em abril de 2020, que alegou na altura a pirataria que sofria naquele país o operador beIN Sports, detentor dos diretos televisivos.
A Arábia Saudita resolveu entretanto o problema e a operação, que aguardava desde janeiro por uma decisão, viu a solução chegar em apenas dois dias.
Entretanto, a autorização dada pela 'Premier League' recebeu já críticas por parte da Amnistia Internacional, que acusa o organismo inglês de não ter tido em conta os direitos humanos na hora de tomar a decisão.
A 'Premier League' revelou em comunicado a decisão de autorizar o negócio, tendo salientado que recebeu garantias de que o clube não seria controlado pelo Reino da Arábia Saudita.
"O clube foi vendido ao consórcio com efeito imediato", precisa a 'Premier League', acrescentando ter recebido "as garantias legais vinculativas de que o Reino da Arábia Saudita não controlará o Newcastle United".
O Newcastle, que estava na posse de Mike Ashley há 14 anos, foi assim adquirido por um consórcio composto pelo fundo de investimento saudita, pela PCP Capital Partners e pelos ingleses David e Simon Reuben.
Críticas à operação
A Amnistia Internacional acusa a 'Premier League' de permitir que pessoas "implicadas na violação dos direitos humanos entrem no futebol inglês só porque têm dinheiro" e pede que o organismo "altere as suas políticas de donos e presidentes para que se adequem aos direitos humanos".
"A expressão 'direitos humanos' nem sequer aparece nestas políticas, apesar de o futebol inglês supostamente aderir aos estandartes da FIFA. Como na Fórmula 1, boxe, golfe ou ténis, associar-se a uma equipa do mais alto nível é muito atrativo para melhorar a imagem de marca de um país ou de uma pessoa com uma reputação duvidosa. A 'Premier League' tem que entender melhor como funciona a lavagem de imagem e ajustar a sua política de donos", acescentou aquela associação.
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