O dirigente foi muito crítico à forma como autarquia gaiense geriu o processo que levou ao cancelamento da superespecial urbana que teria lugar na localidade, na sexta-feira, acusando mesmo o executivo municipal de “mentir”.
“O presidente da Câmara de Gaia [Eduardo Rodrigues] e Guilherme Aguiar [vereador] são dois grandes mentirosos, porque prometeram, desde o início, que faziam a superespecial, com ou sem candidatura, e depois começaram a gaguejar. Vieram prejudicar altamente o rali no que toca à sua imagem internacional”, afirmou Carlos Barbosa.
O presidente do ACP considerou que, com este incidente, o rali perdeu algum retorno, uma vez que “ficou sem uma transmissão em direto para todo mundo”, não perdoando a atitude da autarquia de Vila Nova de Gaia.
“Terão de pagar com o que se comprometeram, já o disseram que o iam a fazer. Só temos de esquecer Gaia de uma vez por todas. Enquanto estiver esta vereação na Câmara nunca mais farão parte do rali de Portugal”, acrescentou Carlos Barbosa.
Quanto à prova em si, que arranca esta quinta-feira, o presidente do ACP garantiu “estar tudo a postos”, mostrando-se especialmente satisfeito com os regressos dos troços na zona centro.
“São troços míticos, já tive a oportunidade de os fazer e confesso que é preciso ter muito coração para fazer aquilo depressa. Creio que será ali que se vai decidir muita coisa”, disse o dirigente.
Carlos Barbosa partilhou ter recebido impressões muito positivas da parte dos pilotos e das equipas sob o traçado desenhado para esta edição do rali.
“As expectativas são grandes, até porque os troços são espetaculares. Os pilotos adoram vir a Portugal, são bem recebidos, e conseguem ouvir dentro dos carros o público a apoiá-los, o que é raro. Está tudo preparado para fazer um grande rali”, assegurou.
O presidente do ACP deixou ainda um apelo ao público, para que cumpram todas as regras de segurança, sob pena de Portugal poder perder a prova no campeonato do mundo de ralis.
“Esperamos que o público se porte como tem acontecido, porque é sempre esse fator que pode decidir a continuidade do rali. Sendo, também, presidente da Comissão dos Ralis, seria um desgosto ter de tirar o Rali do Portugal do campeonato do mundo”, apelou Carlos Barbosa.
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