Na ordem de serviço, intitulada “realização de evento de grande relevo”, o comandante da PSP de Leiria, Domingos Urbano Antunes, explica que o jogo para a Taça de Portugal poderá “exigir uma gestão excecional de escalas de remunerados”, sendo por isso necessário “uma excecional mobilização de meios humanos.
O comandante elenca as quatro “situações excecionais”, designadamente “não deferimento de dispensas de serviços renumerados”, “possibilidade de escalamento em dia de folga”, “possibilidade de descanso de apenas uma hora ou depois do horário normal de serviço e o serviço remunerado” e “nomeação de não voluntários”.
Segundo a ordem de serviço, a que a Lusa teve acesso, o comandante justifica estas medidas com as “responsabilidades acrescidas no âmbito das suas competências funcionais, a que deverá corresponder com eficácia e profissionalismo”.
Numa resposta enviada à Lusa, a direção nacional da PSP refere que “é comum difundir este tipo de diretrizes excecionais, especialmente quando existem policiamentos desportivos ou eventos de outro cariz que requerem um policiamento de grande envergadura”.
“É também comum recorrer a este tipo de medidas em períodos de férias e em situações nas quais, devido à elevada atividade operacional, não existe efetivo suficiente para garantir os policiamentos. Em comandos territoriais onde o efetivo policial, por força da dimensão do próprio comando, já é parco, este tipo de medidas torna-se ainda mais recorrente”, adianta a PSP, esclarecendo que “é usual a necessidade de nomear polícias em serviço remunerado, que não fazem parte da escala de remunerados”.
Segundo aquela força de segurança, alguns polícias são voluntários para esse efeito, no entanto, quando “o número de voluntários é insuficiente para garantir o policiamento, por imperativo de serviço e sempre como último recurso, são escalados polícias que não se voluntariaram”.
Nos últimos dias vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, o que levou no sábado ao cancelamento do jogo de futebol da I Liga entre o Famalicão e o Sporting, bem como no domingo a outras partidas da II Liga.
Apesar de não assumirem como forma de protesto, apesar de a plataforma não assumir que sejam uma forma de protesto.
Elementos da PSP e da GNR têm protagonizado vários protestos para exigirem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
A contestação teve início com a vigília do agente Pedro Costa em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a partir de 07 de janeiro e, depois, estendeu-se a todo o país.
Nos últimos dias, alguns polícias e militares da GNR apresentaram baixas médicas, levando ao adiamento, por falta de condições de segurança, do jogo ente Famalicão e Sporting, da I Liga de futebol, no sábado, entre outras perturbações.
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