Os minhotos bateram o Desportivo das Aves (4-0) e os ‘leões’ empataram com o Moreirense (0-0), pelo que ficou reduzida a três pontos a distância entre os dois clubes, sendo que os bracarenses têm vantagem num eventual empate pontual no fim do campeonato.
Confrontado com isso e questionado sobre se o calendário teoricamente mais difícil do Sporting até ao final da temporada (visita ‘casas’ do FC Porto e Benfica) reforça a esperança da ‘reconquista’ do terceiro lugar, o treinador disse antes haver “um consolidar de objetivos”.
“Conseguimos aproximar-nos e reduzir a distância para três pontos e aumentar a folga para o quinto classificado. Há duas jornadas, tínhamos cinco pontos para cima e três para baixo e agora é o inverso. Vamos ter uma luta que vai ser sempre intensa da nossa parte, bem vincada e com o objetivo claro de tentar recuperar o terceiro lugar”, declarou na antevisão à deslocação ao terreno do Paços de Ferreira, na sexta-feira, na 31.ª jornada.
O treinador elogiou a equipa pacense, que tem “um dos melhores registos após a retoma”, e anteviu que vai trazer “dificuldades” aos bracarenses.
“Naturalmente que isso vem aumentar o nosso estado de prontidão e alerta. O futebol é o momento e vamos olhar para este bom momento que atravessa e não para a classificação”, disse.
O técnico concordou que a equipa ultrapassou um certo bloqueio mental na vitória diante dos avenses, sobretudo na segunda parte.
“Sim, vimos a equipa mais solta [na segunda parte], mais fluida nas suas dinâmicas e isso consegue-se com a ajuda dos resultados, isso é fundamental para que a equipa possa estar liberta e disponível para fazer e perceber o que é pedido. Esse é um ponto interessantíssimo da nossa parte, conseguir trabalhar com os atletas e eles estarem mais próximos do que fizeram nessa segunda parte e sentirem prazer no que estão a fazer”, analisou.
Os jovens Fabiano e Sanca foram lançados diante dos avenses, mas o técnico rejeita que seja um “alerta” para os outros jogadores.
“Não é essa, de todo, a intenção, somos um clube que aposta na formação e não [devemos] só dizer que apostamos, mas poder concretizar essas apostas, e isso tem que ser um processo de continuidade”, disse.
Fransérgio está de regresso após castigo, mas André Horta fez uma boa exibição na última jornada.
“Para mim, não há dúvida nenhuma [sobre quem vai jogar], tenho bem claro o que vamos fazer e que tarefas os jogadores têm que desempenhar. Temos mais opções, mas encaro isso como uma oportunidade para quem vai jogar”, referiu.
Artur Jorge disse ainda não poder “ser um treinador só de um sistema”, ele que apostou num 4x4x2 na última ronda.
“Tenho aquele que pode potenciar mais não só o sistema, como os atletas e a equipa, ganhando. Peguei nos jogadores que aqui estão, mas mais do que o sistema é ter jogadores que saibam interpretar dinâmicas diferentes durante os diferentes momentos do jogo e isso eu tenho visto que tenho cá jogadores muito completos nesse aspeto”, sustentou.
O técnico assumiu ainda ser “difícil” não poder orientar diretamente a equipa por não ter o nível IV de treinador.
“Para mim é difícil, sou um treinador mais ativo e gosto de estar mais próximo dos jogadores. O facto de estar no banco, condicionado e de máscara, limita-me um bocado a minha forma de viver o jogo, mas tenho que me adaptar e o fundamental da mensagem é passada durante a semana”, disse.
Sporting de Braga, quarto classificado, com 53 pontos, e Paços de Ferreira, 13.º, com 34, defrontam-se a partir das 21:30 de sexta-feira, no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, jogo que será arbitrado por Carlos Xistra, da associação de Castelo Branco.
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