O candidato da lista A teve 65% dos votos (17.629), batendo a lista B, liderada pelo atual presidente maritimista, que conseguiu 35% (9.464).
Rui Fontes, de 68 anos, foi eleito para o quadriénio 2021- 2025, após ter ocupado o cargo entre 1988 e 1997, tendo sido sucedido na presidência do clube precisamente por Carlos Pereira, que dirigiu o emblema madeirense nos últimos 24 anos.
Sob a sua alçada, o clube insular atingiu pela primeira vez na sua história as competições europeias, na época 1993/94, tendo sido na altura eliminado pela Antuérpia, na Taça UEFA, e marcou presença pela primeira vez na final de Taça de Portugal em 1995, fase em que foi derrotado pelo Sporting (2-0).
As eleições que decorreram no Estádio do Marítimo contabilizaram uma grande afluência da massa associativa, com cerca de 1.891 votantes, num dia histórico para o clube madeirense, que não tinha duas listas a concorrer aos órgãos sociais há 40 anos.
O presidente eleito apresentou uma candidatura intitulada de “Tá na Hora – Novo Rumo”, tornando-se no primeiro opositor de Carlos Pereira em atos eleitorais.
Ao longo da campanha, Rui Fontes deu a conhecer o “projeto ambicioso” que tem como objetivo “colocar o Marítimo entre os seis, sete primeiros clubes nacionais” nos próximos três a quatro anos, tendo anunciado que só irá presidir o clube durante um mandato.
O empresário madeirense, líder da eleita lista A, pretende revolucionar a gestão do emblema madeirense, atribuindo a direção da SAD ao ex-capitão e atual treinador dos lituanos do Panevezys, João Luís, e ao seu adjunto e, igualmente ex-jogador da casa, Luís Olim.
“Descentralização nas decisões, responsabilidade, profissionalismo, inovação e modernização” é o que se propõe a aplicar, recusando a política de gestão de Carlos Pereira, “de um homem só”.
Carlos Pereira, líder da lista B, saiu derrotado e foi afastado do cargo que ocupou ao longo de 24 anos.
O também empresário marcou presença por sete vezes em competições europeias – com 30 jogos na Europa -, duas finais da Taça da Liga e uma final da Taça de Portugal, e comprometia-se a realizar o seu último mandato, caso tivesse sido reeleito.
O ato eleitoral decorreu hoje, no Estádio do Marítimo, com um ligeiro atraso na abertura das urnas, que abriram 10 minutos depois do horário previsto (09:00), e decorreu até às 21:00, tendo votado 1.891 sócios, para um total de 27.285 votos, dos quais 192 brancos e nulos.
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