“Acreditamos que vai ser um jogo de maior domínio da nossa parte. Atendendo à largura do estádio e à forma como eu creio que eles se vão apresentar, com cinco defesas e quatro médios, poderemos ter alguma dificuldade em criar situações de finalização e acho que o principal desafio será mesmo esse: perante uma equipa que vai estar mais no processo defensivo, [perceber] como seremos capazes de dar a volta a essa situação”, disse Rui Jorge.

O selecionador falava em conferência de imprensa, em Lagos, onde o grupo prepara desde segunda-feira os jogos com Ilhas Faroé e com a Croácia, no dia 26 de março, ambos no Estádio de São Luís, em Faro, às 17:30, para o Grupo G de apuramento para o Campeonato da Europa de 2025.

Portugal lidera o agrupamento, com 12 pontos em cinco jogos, seguido de Grécia, com 11 (mais um jogo), Croácia, com 10 (menos um jogo), Ilhas Faroé, com sete, e Andorra e Bielorrússia, ambos com três pontos em seis e oito jogos, respetivamente.

Questionado se os jogadores têm preparado mais a rapidez na circulação de bola, uma das críticas deixadas por Rui Jorge após a derrota de novembro na Grécia (2-1), o selecionador considerou que “é pouco tempo de treino”.

“Tem muito que ver com a forma como encaramos o jogo e como vamos estar predispostos a fazê-lo. A qualidade nós temos, os nossos jogadores têm e, muitas vezes também digo isso, eles são bons por, em pouco tempo, terem a capacidade de se adaptar ao que o treinador lhes pede. É isso que espero. Sei que temos qualidade para isso e eles têm capacidade para o fazer”, vincou.

As quatro novidades chamadas para este estágio no Algarve – Diogo Pinto (Sporting), Gustavo Sá (Famalicão), Martim Neto (Gil Vicente) e Chermiti (Everton, Inglaterra) — têm tido uma adaptação boa, reconheceu o selecionador.

“Quando os chamamos, sabemos a qualidade deles. Muitas vezes, a perspetiva é para o jogo, mas é também para um futuro. Alguns jogadores poderão continuar com a seleção sub-21 noutra geração”, referiu Rui Jorge, adiantando que Tomás Esteves, que se apresentou no estágio com queixas físicas, mas já estaria apto para o jogo, não estará disponível frente às Ilhas Faroé, por precaução.

O selecionador espera uma boa casa no Estádio de São Luís, que comemora este ano o seu centenário: “Eu digo muitas vezes que, ao verem os jogos de sub-21, vão ver com certeza jogadores que vão brilhar daqui a uns anos por esta Europa fora”, destacou.

O ala Rodrigo Gomes, do Estoril Praia, também fez a antevisão à partida, salientando que “nenhum jogo são favas contadas”.

“Todas as equipas têm as suas qualidades e os seus defeitos, como nós. Tentamos aproveitar isso, meter a nossa qualidade em jogo e lutar sempre pela vitória. Estamos preparados para um jogo mais físico, ou para outro tipo de jogo diferente. Ainda assim, o mais importante é ter e conseguir impor a nossa ideia de jogo”, frisou.